Após cerca de 15 anos de estudos intensos no Departamento de Produtos Farmacêuticos da UFMG, cientistas chegaram a um fármaco capaz de diminuir o sofrimento de pacientes que usam o ácido retinóico para tratamentos de pele. Comandada pela professora Gisele Assis Castro Goulart, a pesquisa chegou a um produto que impede o contato do ácido tão direto com a pele, mas permite que ele tenha a mesma eficácia.
"O ácido retinóico é usado há décadas como tratamento de acne e para rejuvenescimento e sua eficácia é amplamente comprovada, porém, vários pacientes param de usar porque não suportam as reações adversas que ele causa, como irritações na pele, vermelhidão, ressecamento e outros, por isso resolvemos criar esse produto", justificou Goulart. A fórmula foi amplamente testada desde o início da pesquisa e, apesar da diminuição do contato com o ácido, a professora afirmou que em nenhum dos testes feitos a eficácia foi prejudicada.
O produto já foi patenteado e está pronto para ser transferido a empresas que queiram produzi-lo, já que, como universidade, a UFMG não pode desenvolver a fórmula em escala comercial. Segundo a pesquisadora, a disponibilização no mercado depende de quando essa transferência vai acontecer. "Já tivemos algumas reuniões com indústrias farmacêuticas e elas se mostraram interessadas no produto, mas ainda não assinamos nenhum contrato, por isso não há como ter uma previsão de quando o público poderá comprar", explicou.