Uma nova tecnologia pode auxiliar no combate a incêndios em áreas urbanas de Belo Horizonte. Pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um sistema que identifica sinais de fogo e de fumaça por videomonitoramente. Para isso, é necessário a instalação de câmeras em locais estratégicos, que transmitem imagens em tempo real a um site criado especificamente para o programa. Conforme a UFMG, é possível acompanhar as imagens a qualquer hora e acionar os serviços especializados rapidamente.   O sistema foi elaborado para uso em câmeras que serão instaladas em linhas de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), mas o algoritmo pode ser utilizado também em outros sistemas de vídeo. “É possível adaptar o dispositivo para que funcione com imagens de outras câmeras”, informa o coordenador da pesquisa, professor Hani Camille Yehia, do Departamento de Engenharia Eletrônica.   O projeto piloto, implantado com câmeras instaladas no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec), detectou, no último dia 5, fogo na mata do campus Pampulha, às margens da avenida Carlos Luz.  Na atual fase do projeto, segundo a UFMG, as primeiras câmeras em linhas de transmissão começam a ser instaladas na subestação Bom Sucesso, da Cemig, no bairro Betânia. Posteriormente, o equipamento será colocado em locais mais afastados da capital.    O sistema funciona com base em três níveis de informação: cor, subtração de fundo, com capacidade de detectar movimento, e persistência. “Diferentemente do sol, que se move lentamente, o fogo se desloca rapidamente”, explica o pesquisador. Combinados, esses elementos são capazes de disparar o alarme ao detectar fogo ou fumaça em qualquer espaço no campo de visão das câmeras. Com base no alerta, que se manifesta por sinais vermelhos ou azuis sobre a imagem do local, as pessoas podem confirmar a existência do perigo e acionar o órgão competente.    O projeto foi desenvolvido em parceria com a Cemig, com recursos de fundo setorial da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e empresa Axxiom, responsável pelo site do sistema. 

Compartilhar