CADASTRO DE VOLUNTÁRIO

UFMG procura voluntários para testes clínicos de vacina brasileira desenvolvida com a Fiocruz

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
17/11/2022 às 08:13.
Atualizado em 17/11/2022 às 08:13
SpiN-TEC pode se juntar ao time das vacinas de segunda geração, já calibradas para prevenir um vírus que evoluiu após mais de dois anos de contágio. (Arquivo pessoal / UFMG / Divulgação)

SpiN-TEC pode se juntar ao time das vacinas de segunda geração, já calibradas para prevenir um vírus que evoluiu após mais de dois anos de contágio. (Arquivo pessoal / UFMG / Divulgação)

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) procura voluntários para participar dos testes clínicos da SpiN-Tec MCTI UFMG, contra a Covid-19. O imunizante é totalmente desenvolvido por pesquisadores brasileiros da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Minas) e pela universidade. 

Nas fases clínicas I e II são realizados testes primários e secundários. Nos primários, é avaliada a segurança da vacina, incluindo possíveis efeitos colaterais indesejados, como dor de cabeça, febre e náusea. 

Já nos testes secundários, é verificada a imunogenicidade, que corresponde ao nível de anticorpos gerados e à resposta dos linfócitos, que, juntos, poderão garantir a proteção do organismo contra o coronavírus.

Para a primeira fase do teste clínico, o voluntário deve:

•  ser saudável e ter entre 18 e 85 anos
•  ter sido vacinado(a) com CoronaVac (2 doses) e ter recebido uma dose de reforço com Pfizer (há pelo menos 9 meses)
• não ter tido Covid-19

As pessoas interessadas em participar da pesquisa podem fazer a inscrição neste link

Contra variantes
A SpiN-TEC faz a associação de duas proteínas: S e N, que confere ao imunizante um diferencial em relação aos demais, que contemplam apenas a proteína S, associada à maioria das mutações do vírus e à eficiência dos anticorpos neutralizantes. Já a proteína N é menos sujeita às mutações que geram novas variantes.

Dessa forma, segundo a Fiocruz, a SpiN-TEC poderá oferecer proteção contra novas variantes da Covid-19. É uma vacina que atua na produção de anticorpos e também no nível celular, induzindo resposta de linfócitos T, células do sistema imunológico que atuam na resposta antiviral.

De acordo com Ricardo Gazzinelli, coordenador do estudo pelo CTVacinas da UFMG, a ideia é que o imunizante funcione como dose de reforço, uma vez que a maior parte da população já recebeu outras vacinas. “Nosso pedido à Anvisa é para testarmos a capacidade de resposta em relação a esse reforço contra a Covid-19”, explicou o pesquisador.

O pesquisador destacou ainda que, na fase pré-clínica, “não foi observado nenhum efeito colateral no local da aplicação ou alterações sistêmicas, como perda de peso ou mudança de temperatura. Além disso, foram verificados excelentes níveis de anticorpos, resposta de linfócitos T e proteção contra a infecção com Sars-CoV2 (coronavírus) nos animais de laboratório”, concluiu.

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