UFMG pune estudantes responsáveis por trote na Faculdade de Direito

Hoje em Dia (*)
12/08/2014 às 20:54.
Atualizado em 13/03/2023 às 16:49
 (Reprodução/Facebook)

(Reprodução/Facebook)

Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (12), o Conselho Universitário da UFMG decidiu pelo desligamento do estudante GVSB e pela suspensão, por um semestre, dos alunos GAMM, GMF e GCS pelo envolvimento na aplicação de trote racista em alunos do primeiro período da Faculdade de Direito em março do ano passado. A decisão segue recomendação feita por uma comissão encarregada de conduzir o processo administrativo disciplinar instaurado contra os estudantes. A equipe foi integrada pelos professores Adriana Goulart de Sena Orsini (presidente), Roberto Luiz Silva e Mariah Brochado Ferreira, todos da Faculdade de Direito. A UFMG informou que os trabalhos aconteceram em consonância com o Regimento Geral e com o estatuto da universidade.  A comissão trabalhou no caso desde outubro de 2013, quando foi designada por meio de Portaria assinada pela diretora da Faculdade de Direito, Amanda Flávio de Oliveira.  Polêmica A repercussão em torno do caso começou quando duas fotografias do trote foram veiculadas nas redes sociais. Na primeira, um calouro está amarrado em uma pilastra e, ao seu lado, três colegas fazem a tradicional saudação nazista com o braço direito erguido. Na outra, uma estudante pintada de preto aparece acorrentada por um veterano com a inscrição "Caloura Chica da Silva”.  Em seu parecer, a comissão observou que as imagens “são repulsivas e remontam a situações simbólicas de discriminação histórica, além de atentar contra as conquistas da liberdade, igualdade e diversidade garantidas juridicamente, o que não pode ser olvidado, especialmente em uma faculdade de Direito”.  O reitor Jaime Ramírez considerou adequada a punição imposta aos estudantes. “A Universidade tem uma responsabilidade perante a sociedade e a comunidade, e atos como esses não podem ser tolerados. O trabalho da comissão e a decisão do Conselho Universitário vão ao encontro de medidas adotadas recentemente, como a resolução que proíbe trotes estudantis e a instalação de comissões para analisar questões como os direitos humanos e o combate à discriminação, a adoção de regras para uso do nome social e a acessibilidade”, ressaltou.  (*Com UFMG)

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por