UFMG vai investigar suposto caso de apologia ao estupro

Aluisio Marques
03/10/2014 às 20:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:27
Evento será na Praça de Serviços da UFMG (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

Evento será na Praça de Serviços da UFMG (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A UFMG informou nesta sexta-feira (3) que vai apurar o envolvimento de alunos da Escola de Engenharia em suposto episódio de apologia ao estupro, ocorrido no dia 20 de setembro, em um bar na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte.   Integrantes da “Bateria Engrenada” (grupo musical que anima festas e competições esportivas organizadas pelos alunos da unidade) teriam entoado cântico sexista, segundo relato de uma mestranda da UFMG publicado em seu perfil em uma rede social. O caso alcançou grande repercussão na internet.   Para investigar o caso, uma comissão será formada na próxima semana por dois professores e uma servidora técnico-administrativa da Escola de Engenharia da UFMG e por uma docente da Faculdade de Direito. O grupo terá 30 dias para desenvolver e concluir os trabalhos.   “A comissão vai ouvir todas as partes vinculadas à UFMG com envolvimento no caso e avaliar as medidas cabíveis a serem tomadas à luz dos instrumentos de que dispõe a Universidade, como o Estatuto e o Regimento. Esse trabalho inclui definir os limites de atuação da UFMG”, explica o vice-diretor da Escola de Engenharia, Cícero Starling.   Para a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, a UFMG tem a obrigação de apurar e esclarecer o episódio, ainda que ele não tenha ocorrido em suas dependências. “Por ser um ambiente de formação e que necessariamente deve acolher a diversidade, a Instituição não pode ser conivente com situações de homofobia, racismo, sexismo e violência”, afirma Sandra.   A vice-reitora lembra, ainda, que a Universidade vem adotando uma série de medidas de promoção dos direitos humanos, como a resolução que proíbe o trote, aprovada pelo Conselho Universitário, e a criação de comissões encarregadas de regulamentar o uso do nome social por transexuais e travestis, de propor critérios para combater atos de discriminação e violação e de analisar as condições de acessibilidade na UFMG.

  (*Com UFMG)

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