Unicef aponta que 1,7 milhão de adolescentes estão fora da escola

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
11/03/2015 às 16:05.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:19
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)

(Samuel Costa/Hoje em Dia)

Dez desafios separam os adolescentes brasileiros de 15 a 17 anos de uma educação de qualidade no Ensino Médio. A conclusão surgiu a partir de um levantamento feito em parceria entre o Unicef e o Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).    O estudo, intitulado "10 Desafios do Ensino Médio no Brasil", foi lançado na manhã desta quarta-feira (11), no campus Pampulha, durante abertura de um seminário que vai tratar do assunto.   Segundo o coordenador do programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef, Mario Volpi, 1,7 milhão de jovens nessa faixa etária estão fora da escola. Além dos problemas relacionados à infraestrutura das unidades de educação, à desvalorização e desatualização dos professores, existem fatores externos que contribuem para esses índices.   "Não há dúvida de que a gravidez na adolescência seja um fator. A escola não está preparada para uma adolescente gestante. Outro tema importante é a violência externa que, muitas vezes, se reproduz dentro da escola também. A renda das famílias é outro fator que ainda tem impacto. E, por fim, a distância entre as escolas e as comunidades", avalia Volpi.   Mudança   A partir da compilação dos principais desafios, o Unicef, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), vai apoiar municípios brasileiros na elaboração dos planos educacionais regionais, de forma que a discussão seja levada para dentro das salas de aula e torne-se mais prática do que teórica.   Hoje, dentre os alunos de 15 a 17 anos matriculados nas escolas, mais de 3 milhões (35,2%) ainda frequentam o Ensino Fundamental e 2,6 milhões (31,1%) estão em situação de atraso escolar.   "É necessário refundar o Ensino Médio, ou seja, criar novas bases. Não a partir do nada, mas do que já vem sendo construído. É preciso ampliar e garantir isso enquanto política pública", considera o coordenador do Observatório da Juventude da UFMG, professor Juarez Dayrell.

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