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SpiN-TEC

Vacina brasileira contra covid, desenvolvida pela UFMG, entra na fase final de estudos

SpiN-TEC se mostra segura e com menos efeitos colaterais que imunizante da Pfizer

Do HOJE EM DIA*
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 09/10/2025 às 08:51.

O Brasil está mais perto de ter uma vacina contra a Covid-19 totalmente nacional. A SpiN-TEC, desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), publicou o primeiro artigo científico sobre seus resultados de segurança, que apontam o imunizante como seguro e eficaz.

Com a conclusão das fases iniciais, a vacina agora avança para a fase final de estudos clínicos. A expectativa é que o imunizante possa estar disponível para a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) até o início de 2027.

O desenvolvimento da vacina contou com um investimento de R$ 140 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), via RedeVírus.

Inovação e perfil de segurança

De acordo com o pesquisador e coordenador do CT-Vacinas, Ricardo Gazzinelli, a SpiN-TEC demonstrou ter um perfil de segurança favorável. Nos testes conduzidos, o imunizante apresentou menos efeitos colaterais do que a vacina da norte-americana Pfizer.

"Concluímos que a vacina se mostrou imunogênica, ou seja, capaz de induzir a resposta imune em humano. O estudo de segurança foi ampliado e ela manteve esse perfil, na verdade foi até um pouco mais, induziu menos efeitos colaterais do que a vacina que nós usamos, que é da Pfizer", afirma o pesquisador.

A SpiN-TEC adota uma estratégia inovadora ao focar na imunidade celular. Essa abordagem prepara as células do sistema imunológico para atacar e destruir apenas as células infectadas pelo vírus. Essa metodologia mostrou-se mais eficaz contra as variantes da covid-19 em ensaios com animais e em dados preliminares em humanos.

Próxima etapa e marco nacional

As fases 1 e 2 do estudo clínico da SpiN-TEC contaram, respectivamente, com 36 e 320 voluntários. Agora, os pesquisadores aguardam a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início à fase 3, que deve envolver cerca de 5,3 mil voluntários de todas as regiões do Brasil.

Gazzinelli destaca que o avanço da SpiN-TEC representa um marco para o Brasil, pois o país está demonstrando capacidade de desenvolver uma vacina totalmente no território nacional, desde a idealização na universidade até o ensaio clínico.

"O que nós não temos é exatamente essa transposição da universidade para o ensaio clínico. Os ensaios clínicos normalmente são com produtos vindo de fora. E esse foi um exemplo de uma vacina idealizada no Brasil e levada para os ensaios clínicos", explica o coordenador.

O CT-Vacinas da UFMG, que desenvolve a SpiN-TEC, também trabalha atualmente em pesquisas de vacinas contra outras doenças, como malária, leishmaniose, chagas e monkeypox.

*Com informações da Agência Brasil 

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