
O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no Norte de Minas Gerais, conquistou o título de Patrimônio Mundial Natural da Humanidade concedido pela Unesco neste domingo (13). O reconhecimento foi anunciado durante a 47ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em Paris, na França.
Com o título, Minas se torna o único estado brasileiro a conquistar dois títulos da Unesco em dois anos consecutivos. O primeiro, dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, veio em 2024.
Com a chancela da Unesco a expectativa é de um aumento expressivo na visitação nacional e internacional, com impactos diretos na geração de emprego e renda nos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, além de toda a região do Médio São Francisco.
Estudos comparativos com outros sítios reconhecidos pela Unesco no Brasil indicam um crescimento de até 30% no fluxo turístico nos primeiros três anos após a titulação. Além de fortalecer o turismo de natureza, o título deverá consolidar o Peruaçu como um destino de turismo arqueológico, cultural, indígena e ecológico.
“Em menos de dois anos, os nossos queijeiros e queijeiras, com seus modos de fazer passados de geração em geração, e as comunidades do Norte de Minas, guardiãs do Vale do Peruaçu, colocaram o estado no centro do mapa mundial do patrimônio”, diz o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.
O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é um dos mais impressionantes sítios naturais e arqueológicos do Brasil com cânions e cavernas monumentais, com mais de 500 formações catalogadas.
Por lá, encontra-se a estalactite conhecida como Perna da Bailarina, com 28 metros, arte rupestre com mais de 12 mil anos de história, ecossistemas entre Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, além de território de comunidades tradicionais e indígenas, como o povo Xacriabá.
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