Verba particular recupera acervo cultural de BH

Letícia Alves - Hoje em Dia
26/12/2015 às 08:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:27
 (Carlos Henrique)

(Carlos Henrique)

Conhece a Casa do Baile e os jardins de Burle Marx, na Pampulha? Você sabia que os espaços foram recuperados com verba da iniciativa privada? Ao todo, foram adotados 40 bens culturais, como edificações centenárias, áreas públicas e obras de arte, por meio de parcerias da prefeitura com empresas, através do programa Adote um Bem Cultural.

A iniciativa, lançada em 2011, completa cinco anos de atuação em abril do ano que vem, somando investimentos de R$ 24 milhões.

Para o presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Leônidas de Oliveira, o balanço do programa é positivo. Além da restauração de áreas públicas, como o Teatro Francisco Nunes, ele destaca a recuperação de espaços privados, como o icônico Hotel Itatiaia, que teve obras finalizadas no ano passado.

“É um programa amplo e o foco é direcionar recursos para os pontos, tanto públicos quanto privados, que precisam e que têm dificuldade de conseguir”, afirmou.

Como funciona

A adoção de um bem pode ser voluntária ou ainda uma medida compensatória definida ao empreendedor pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município (CDPCM-BH).

Quem integra a iniciativa pode realizar publicidade junto ao acervo “adotado”, como contrapartida. A empresa ainda pode divulgar o programa em mídias diversas, por um período pré-aprovado e definido pela prefeitura.

Nos próximos meses, dois bens irão receber intervenções por meio do apoio da iniciativa privada. Um deles é a sede da Guarda de Moçambique 13 de Maio de Nossa Senhora do Rosário. Localizado no bairro Concórdia, região Leste da capital mineira, o imóvel terá intervenções na estrutura. O local da sede é representativo porque lá nasceu Isabel Casimira das Dores Gasparino, Rainha Conga de Minas Gerais, que morreu em junho deste ano.

A edificação que abriga a Corporação Musical Filarmônica 1º de Maio, no bairro Horto, também será revitalizada, com intervenções no telhado, paredes e pisos. “A banda é tão simbólica e tão antiga. Estou muito feliz de ter conseguido os recursos para a sede”. afirmou Leônidas.

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