CPI Do Abuso de Poder

Vereadores vão à Arena MRV conferir contrapartidas exigidas pela construção do estádio

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
29/06/2023 às 21:36.
Atualizado em 29/06/2023 às 21:48
 (Bernardo Dias / CMBH / Divulgação)

(Bernardo Dias / CMBH / Divulgação)

A Arena MRV recebeu, nesta quinta-feira (29), a visita dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal (CMBH) que investiga suposto abuso de poder na Prefeitura da capital. A intenção dos parlamentares era analisar o andamento das intervenções que foram exigidas pela PBH como contrapartida ambiental para a construção do estádio.

Os vereadores da CPI foram acompanhados pelo diretor de engenharia da Arena MRV, Carlos Pinheiro, e percorreram cerca de três quilômetros no entorno do estádio do Galo.

Presidente da comissão, vereador Wesley Moreira (PP) afirmou que já existem elementos para identificar a existência de abuso de poder. “Uma obra orçada em cerca de R$ 700 milhões que tem, por meio de um excesso de exigências, um acréscimo de R$ 338 milhões. Não há no Brasil nenhuma obra que teve 50% de contrapartida. Se isso não é abuso de poder, então, não sabemos o que é”, disse o parlamentar.

Segundo a relatora da CPI, vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), o objetivo foi conhecer in loco as contrapartidas que levaram ao aumento de cerca de 50% nos custos de construção da arena. “Queremos analisar essas contrapartidas para entender o que foi dito nos depoimentos dos envolvidos”, afirmou.

O diretor de engenharia explicou aos parlamentares que, após pagar pela desafetação do terreno onde está localizada a Mata do Morcego – que agora é uma área pública –, a construtora MRV fará a revitalização e implantação do parque linear, além da manutenção da área durante 30 anos. Isso terá “um custo mensal de R$ 100 mil”.

Ainda segundo Carlos Pinheiro, como exigência para a construção do estádio do Galo, a empresa também construiu e vai arcar com a manutenção de uma área de 1,6 mil m² que será usada pela Prefeitura para instalação de equipamentos públicos. “A gestão será da PBH, por meio das secretarias municipais de Saúde e de Educação, e a conservação e a manutenção serão realizadas pela Arena”, afirmou.

As obras viárias do entorno da Arena MRV e que darão acesso ao local também foram visitadas pelos vereadores. “Construção de viadutos, alças de acesso, paradas de pontos de ônibus, escadarias, calçadas largas, novos acessos ao bairro, abertura de vias iluminadas para trânsito de pedestres e para trânsito de veículos, muros de arrimo e de contenção, além de sinalização vertical ficaram a cargo da empresa e estão sendo providenciados”, afirmou o diretor de engenharia.

(*) Com Superintendência de Comunicação da CMBH.

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