VÍDEO: dupla que aterrorizava entregadores com roubos de motos é presa em BH
Um dos crimes, ocorrido no bairro Ipiranga, flagrado por câmeras de segurança, foi decisivo para a identificação dos suspeitos
Dois jovens, de 22 e 26 anos, suspeitos de uma série de roubos violentos de motocicletas em Belo Horizonte, foram presos durante operação da Polícia Civil nesta segunda-feira (8). A ação, realizada após dois meses de investigação, cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.
As prisões foram detalhadas em coletiva de imprensa. Segundo o delegado Roberto Veran, da 4ª Delegacia Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores, a dupla é investigada em pelo menos sete inquéritos.
"Eles agiam sempre juntos e com emprego de arma de fogo, praticando grave ameaça às vítimas. Os assaltantes preferiam motociclistas, muitos deles entregadores em horário de trabalho", disse o delegado.
Vídeo de assalto no Ipiranga foi crucial para prisões
Um dos crimes, ocorrido no bairro Ipiranga, na região Nordeste da capital, foi decisivo para a identificação dos suspeitos. A ação foi registrada por câmeras de segurança e mostra os criminosos abordando um entregador. Nas imagens, um dos suspeitos se aproxima da vítima e a ameaça: “Fica quieto, fica tranquilo, senão vou te dar um tiro na cara.” Além da moto, o entregador teve seu celular e cartões levados.
O delegado Veran destacou a frieza da dupla. “Eles passavam pela esquina, identificavam a oportunidade e cometiam o crime com tranquilidade”, afirmou.
Suspeitos com histórico criminal
As investigações apontam que a dupla já era conhecida da polícia e possui passagens por roubo e tráfico de drogas. "Há indícios de que eles pertencem a uma quadrilha maior", acrescentou o delegado. A polícia suspeita que os criminosos tenham ligações com gangues de roubo da região do bairro Santa Cruz, conhecidas por roubos de veículos.
Embora a operação tenha levado às prisões, nenhuma das motocicletas roubadas foi recuperada até o momento. Segundo a polícia, os veículos eram destinados a desmanches ou à revenda ilegal. A arma de fogo utilizada nos assaltos também não foi encontrada.
Os suspeitos não ofereceram resistência durante a prisão, realizada em 2 de setembro, na casa deles, no bairro Cachoeirinha.