VÍDEO: líderes da Máfia Azul são presos suspeitos de atacar e roubar torcedor do Atlético em BH
Crime ocorreu em março deste ano, em uma loja no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste da capital

* Matéria atualizada às 16h14 com o posicionamento das advogadas do presidente e do vice-presidente da Máfia Azul
Três membros da Máfia Azul foram presos na manhã desta terça-feira (10), suspeitos de envolvimento em atacar e roubar a camisa de um torcedor do Atlético no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, em março deste ano. Dois dos presos seriam presidente e vice-presidente da torcida.
Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, inclusive na sede da organizada do Cruzeiro, no Barro Preto, região Centro-Sul de BH. Durante as procuras, os policiais arrecadaram substâncias entorpecentes e artefatos, possivelmente utilizados em brigas entre torcidas.
Os líderes da organizada foram presos nos bairros Tropical e Vale das Amendoeiras, em Contagem, na Grande BH. O terceiro suspeito foi preso em Brasília, onde reside. Ele teria relação com um membro da torcida na capital mineira.
O crime ocorreu em um estabelecimento de BH, onde estava a vítima, um homem de 32 anos, junto da mãe, uma mulher de 56 anos. Imagens da câmera de segurança do local mostraram o momento da ação dos suspeitos, que agrediram o homem, que estava com a camisa de uma torcida organizada rival.
“As informações que nos chegaram são no sentido que os responsáveis foram e voltaram, foram vistos mais de uma vez naquele local. A princípio, já conheciam a vítima”, disse o delegado Félix Magno, da Delegacia de Eventos e Proteção ao Turista (Deptur).
A Polícia Civil segue investigando o caso.
Ao Hoje em Dia, a defesa do presidente e do vice-presidente da Máfia Azul informou "que considera a prisão dos diretores como medida arbitrária e desproporcional, e seguirá atuando com firmeza e dedicação para demonstrar sua inocência e restaurar a justiça".
As proporcionalidade citada pelas advogadas Júlia Almeida e Lúnia Lima se refere ao fato por elas citado da prisão recente de "dois membros da torcida, conhecidos como Digô e Bidu" que, segundo elas, "foram brutalmente assassinados em meio aos conflitos entre torcidas organizadas".
"Até o presente momento, não houve prisões ou responsabilizações pelos crimes, tampouco informações oficiais sobre o andamento de investigações relacionadas a essas mortes", observaram, na nota, as advogadas, que ressaltaram que "os fatos estão em fase inicial de investigação e, até o momento, não há provas concretas que sustentem qualquer responsabilidade penal dos diretores da torcida organizada".
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