Moradores do conjunto habitacional Vila Fazendinha, no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte, vivem dias conturbados desde que um vendaval arrancou o telhado dos edifícios, na última segunda-feira (22). As famílias denunciam que passaram a conviver com rachaduras e infiltrações nos apartamentos e cobram mais assistência por parte da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
Além disso, os moradores estão aflitos devido à possibilidade de mais chuvas na capital, já que os apartamentos do último andar podem ficar alagados. Para a moradora Aline Tatiane, cabeleireira de 33 anos, todos os vizinhos estão vivendo um “inferno”.
“Moro aqui há 17 anos e estou vivendo esse inferno há dois dias. O telhado está em cima dos fios e estamos correndo um grande risco, porque a qualquer momento pode dar um curto circuito. Ainda estamos sem água e estou fora de casa, porque moro no último andar e minha casa alagou”, disse Aline.
O pedreiro João Alves da Silva, de 64 anos, contou que a PBH ofereceu auxílio aluguel de R$ 800, mas o valor não cobre os custos na própria comunidade. Além disso, os moradores afirmaram que o pagamento seria apenas nem 13 de outubro.
“É muito grande o sofrimento que estamos passando aqui, estamos todos no mesmo barco. Não resolvem nada. Colocaram canos lá em cima, mas já está tudo arrebentado de novo”, afirma João.
Já a dona de casa Meire Pinheiro Alves da Silva, de 58 anos, conta que ainda está com medo da ventania ter abalado a estrutura do prédio. A Defesa Civil foi ao local e avaliou que não há riscos, mas mesmo assim a mulher está apreensiva.
“Foi um terror, o prédio tremeu todo, achei que ia cair. E vou te falar a verdade, ainda estou com medo desse prédio. A Defesa Civil avaliou e disse que não há perigo de desabar, mas estamos com medo, a chuva pode voltar”, afirma.
O que diz a PBH?
A Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) informou que, desde as primeiras horas de terça-feira (23), mobilizou equipes técnicas de obras e trabalho social para prestar suporte integral e realizar vistorias detalhadas nos imóveis atingidos pela forte ventania.
“As ações para remoção das peças do telhado já estão programadas e serão executadas assim que a Cemig concluir o desligamento da rede elétrica da área, garantindo a segurança da operação. Também foram iniciados os reparos nas redes de água do barrilete”, disse a PBH.
Conforme o Executivo Municipal, a Urbel ofereceu atendimento emergencial aos moradores do 4º andar, com a inclusão dessas famílias no programa Bolsa Moradia. Caso seja constatada a necessidade, o auxílio será estendido aos outros moradores.
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(Valéria Marques/ Hoje em Dia )
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