Três homens, de 35, 41 e 60 anos, foram presos suspeitos de integrar uma quadrilha que roubou cerca de 120 toneladas de café de uma fazenda em Várzea da Palma, no Norte de Minas Gerais, em 22 de julho. Conforme a Policia Civil (PCMG) detalhou em coletiva nesta terça-feira (29), da carga avaliada em aproximadamente R$ 4 milhões, 50 toneladas do produtos foram recuperados. 

De acordo com o delegado João Victor Leite, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), a quadrilha demonstrou alto nível de planejamento e violência. “Cerca de 15 criminosos fortemente armados, portando inclusive fuzis, invadiram a propriedade rural, renderam oito funcionários, cortaram a internet do local, utilizaram drones e rádios HT para monitoramento e coordenação do roubo”, explicou.

Conforme o delegado, três carretas foram usadas para transportar, de forma clandestina, a carga de aproximadamente 120 toneladas de café, e.logo após o crime, foi iniciado o trabalho de busca pelos suspeitos. Uma das equipes localizou uma das carretas e parte do material subtraído foi recuperado.

"Assim que iniciamos as investigações, interceptamos uma carreta com 50 toneladas do café roubado, além da apreensão de outras duas utilizadas no crime. A suspeita é de que esse grupo criminoso tenha participado de outros delitos, de outros crimes patrimoniais de grande porte”, afirmou o delegado.

Ainda segundo as investigações, a Justiça também determinou o bloqueio de cerca de R$ 1,3 milhão em contas bancárias ligadas aos investigados. Adicionalmente, foram aplicadas restrições judiciais a 40 veículos, que incluem carretas, semi-reboques e caminhonetes de alto valor. Juntos, esses veículos são avaliados em aproximadamente R$ 8 milhões.

Suspeitos identificados e presos

As prisões ocorreram em diferentes datas e locais. Dois dos suspeitos, de 60 e 35 anos — pai e filho — foram presos no dia 22 de julho, na cidade de Paracatu, região Noroeste de Minas. 

O mais velho é suspeito de ter prestado apoio logístico ao roubo de carga por meio de sua própria empresa de transporte. A Polícia Civil acredita que o grupo criminoso tenha utilizado a empresa, legalmente constituída para conferir aparência de legalidade à ação criminosa.

As investigações ainda apontaram que o filho, de 35, seria um dos indivíduos presentes na fazenda no momento do roubo e também estava envolvido diretamente na condução de uma das carretas apreendidas com a carga de café.

Um terceiro investigado, de 41 anos, foi preso em 24 de julho, em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. Ele tem registros anteriores por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e extorsão.

Segundo o delegado, os suspeitos detidos responderão pelos crimes de roubo qualificado e extorsão. "As investigações continuam em andamento com o objetivo de identificar e localizar outros possíveis integrantes da organização criminosa", enfatizou.

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