Contagem

Vila Barraginha: investigação sobre operação ainda segue sem conclusão

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
29/07/2022 às 12:01.
Atualizado em 29/07/2022 às 12:12
 (Reprodução / Redes sociais)

(Reprodução / Redes sociais)

Após duas semanas da operação da Polícia Militar que resultou na morte de um homem de 29 anos, na Vila Barraginha, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a perícia da Polícia Civil ainda não concluiu o laudo que apura o que aconteceu durante a ação. 

De acordo com a instituição, “exames complementares" ainda estão sendo feitos e o prazo para a conclusão é em até 30 dias. No entanto, este prazo pode ser estendido.

Na última quinta-feira (21), o Ministério Público de Minas solicitou que o Instituto de Criminalística da PC analise o vídeo da ação policial que resultou na morte de Marcos Vinicius Couto. Em publicação compartilhada na conta oficial do Twitter, o órgão declarou que "o objetivo da análise das imagens é tentar constatar se a vítima praticou alguma agressão ou tentou se apoderar da arma do policial".

A partir de agora, a Notícia Fato, que havia sido instaurada, foi convertida em Procedimento Investigatório Criminal. A finalidade é apurar a ocorrência de infrações penais de natureza pública, servindo como preparação e embasamento para possível abertura de ação penal.

O Ministério Público começou a investigar o caso após pedido da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB/MG), que classificou como "gravíssimo" o resultado da operação na Vila Barraginha.

O caso

A Polícia Militar (PM) alegou que foi acionada até a vila com o intuito de apurar disparos de arma de fogo que estariam sendo feitos durante uma festa julina.

A denúncia, conforme a PM, indicava que um homem conhecido como "Marquinhos", que seria o chefe do tráfico na região, estaria com uma arma ameaçando participantes do festejo.

Quando chegaram ao local, os policiais se depararam com o homem de 29 anos que, ao avistar os militares, teria ido para cima dos agentes.

De acordo com a PM, Marquinhos não obedeceu às advertências verbais e teria tentado tomar a arma de um dos sargentos que atendia a ocorrência. O militar, no entanto, reagiu e atirou três vezes contra o homem.

Já a família da vítima negou que o rapaz tenha reagido. A irmã do jovem afirmou que os policiais teriam tentado levá-lo para um beco e, diante da negativa, atiraram nele atrás de uma Kombi.

"Em momento algum meu irmão reagiu. Eles tentaram levar ele para um beco, ele não quis, então eles o levaram para trás da Kombi e mataram ele a sangue frio", denunciou a mulher.

  

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