Vinte e dois são indiciados por golpe financeiro que causou prejuízo de R$ 50 milhões em MG

Hoje em Dia (*)
16/01/2014 às 21:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:24

Vinte e duas pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (16), por golpe financeiro que causou prejuízo de R$ 50 milhões para três mil investidores em 23 estados do Brasil. O golpe foi organizado a partir da Filadelphia Empréstimos Consignados Ltda, de Lagoa Santa, na Grande BH. Entre os indiciados estão quatro controladores da organização, nove militares da Aeronáutica e dois gerentes da Caixa Econômica Federal.   O indiciamento é resultado da conclusão da "Operação Gizé", que teve por objetivo a investigação de crimes financeiros contra a administração pública, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.   No início da ação, em 31 de janeiro de 12, foram cumpridos oito mandados de prisão temporária contra integrantes da organização criminosa, sendo quatro em Belo Horizonte e cinco em Lagoa Santa, além de ter sido lavrado um auto de prisão em flagrante; 18 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e sedes de empresas, sendo três em Belo Horizonte e 15 em Lagoa Santa; e 20 mandados de arresto de bens imóveis, 40 mandados de arresto de veículos, de bloqueio de contas bancárias, dentre outros bens. Em uma segunda fase, foram cumpridos outros dois mandados de busca e apreensão em junho de 2012.   A grande extensão da investigação foi consequência da complexidade dos crimes investigados, cuja comprovação da materialidade dependeu da análise e cruzamento de dados obtidos com a vasta documentação apreendida, em meio a material e digital, além da análise de dados bancários e fiscais das diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas. Também foram realizadas mais de 200 inquirições de testemunhas, suspeitos e vítimas em todo o país.    Durante os trabalhos foram coletados vários indícios de que a organização criminosa investigada captava recursos de terceiros e os remunerava com valores acima dos praticados pelo mercado, emprestando dinheiro a juros e operando no ramo de seguros automotivos, sem autorização do Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep).  

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