Servidores mortos há 12 anos na Chacina de Unaí enquanto combatiam o trabalho escravo em uma fazenda da região, serão homenageados na quarta-feira (27), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE-MG).
O evento, marcado para as 14 horas, vai debater ações e políticas de exploração do trabalho no país. Somente em 2015, dos 3.657 trabalhadores alcançados pelas ações fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), mais de mil foram encontrados em condição análoga à de escravo. Em 2014, o MP abriu 1.139 inquéritos relacionados ao tema no Brasil, sendo 108 somente em Minas Gerais.
Trabalho forçado, jornada exaustiva, condição degradante e servidão por dívida são consideradas trabalhos análogos ao da escravidão. Os setores da Economia que mais exploraram o trabalho análogo ao de escravo, em 2015, foram agricultura, construção civil e mineração.
O encontro contará com representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Estado de Direitos Humanos, além de representantes das centrais sindicais, sindicatos e entidades da sociedade civil que atuam na promoção do trabalho digno.