(Mauricio Vieira)
Atividade física está longe de ser um problema para um educador físico, que há anos dá aulas de natação e musculação. O desgaste de Erick Marliere, um dos quatro vocalistas do Monobloco, no desfile que fez pulsar o entorno do Mineirão, na manhã e tarde desta terça-feira (25), demonstra claramente o que significa ficar quase quatro horas em cima de um trio elétrico comandando a festa de uma multidão.
“É muito desgastante, mas o prazer compensa tudo. A energia, somada ao prazer de se estar fazendo o que gosta, compensam qualquer esforço”, revela a voz mineira do Monobloco.
Sim, o bloco carioca, que há cinco anos tem oficiais de percussão e agora baterias montadas em Belo Horizonte e São Paulo tinha no alto do trio, nesta terça, uma demonstração de como abraça o Brasil.
Além do mineiro Erick, que dá aulas de natação e musculação na região Nordeste da capital mineira, o Monobloco tinha como cantores o paulista João Biano, o baiano Igor Carvalho e o carioca Renato Biguli.
A história de Erick com a música é antiga, pois ele se apresenta em bares de BH há muitos anos e já foi vocalista de algumas bandas. Com o Monobloco, a relação é recente e este foi o terceiro Carnaval dele em cima do trio na capital.
“Sou cantor, compositor, instrumentista, e quando o Monobloco abriu uma oficina em Belo Horizonte fiz aula de percussão lá. Depois, veio o convite para cantar em alguns eventos fechados em que eles tocavam. Há três anos participo também do desfile do bloco e a emoção é muito grande”, explica Erick.
Ainda vivendo a adrenalina do desfile inesquecível, o cantor completa: “Cantar no Monobloco, em cima de um trio, no Carnaval de Belo Horizonte, é a realização de um sonho. Cantando com aquele tanto de gente, as músicas que eu gosto e com meus ídolos, pois vi o Monobloco surgir, em 2000, cantando todos os ritmos, de todas as regiões do país. Isso me provoca uma emoção inexplicável”.