(Pedro Gontijo/Imprensa MG)
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), avaliou como "arbitrária" a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pelo prazo de 90 dias. O chefe do Executivo ainda condenou os atos antidemocráticos radicais praticados na invasão dos Três Poderes, em Brasília.
No último domingo, milhares de manifestantes bolsonaristas, insatisfeitos com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), invadirem e praticarem atos de terrorismo contra os prédios do Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Um rastro de destruição foi deixado no local.
O governador do Distrito Federal foi criticado após autoridades apontarem "suposta" negligência das forças de segurança. Para Zema, a ação de Ibanes para evitar os ataques pode ter sido errada, mas apenas uma investigação pode determinar "culpados".
Após os ataques, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal em Brasília até o dia 31 de janeiro. A medida foi aprovada na Câmara dos Deputados na noite dessa segunda-feira (9). Agora, o texto segue para análise do Senado, onde a sessão para votação está marcada para amanhã, às 11h.
Horas depois do decreto de Lula, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador do Distrito Federal pelo prazo de 90 dias.
Zema condena ataques
Em publicação nas redes sociais, o governador mineiro repudiou os atos de vandalismo no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, que aconteceram neste domingo (8). Em seu perfil no Twitter, Zema disse que não se pode confundir "liberdade" com a depredação de órgão públicos.
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