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Zoológico de BH tem novo morador: filhote de tamanduá-mirim

Ele está com a mamãe Benedita em um recinto localizado em área restrita

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 25/10/2023 às 19:02.Atualizado em 25/10/2023 às 19:03.

O Zoológico de Belo Horizonte está com um novo morador. É um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), aumentando para cinco o número de espécies sob os cuidados da instituição, que também abriga três fêmeas e um macho adultos.

O nascimento ocorreu no dia 28 de setembro e foi divulgado nesta quarta-feira (25) pela prefeitura. A espécie, embora não seja considerada ameaçada de extinção, está com a população em franco declínio na natureza.

O filhote está com a mamãe Benedita em um recinto localizado em área restrita para que ela tenha tranquilidade de cuidar do filhote de modo mais natural possível.

Os dois últimos indivíduos dessa espécie que chegaram ao Zoológico de BH são duas filhotes órfãs, cujas mães foram vítimas de atropelamento. Elas foram resgatadas recém-nascidas, ainda com o cordão umbilical e mantidas, inicialmente, sob cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Salvador, Bahia, de onde foram transferidas para BH em 21 de março deste ano.

Alimentação

O curioso é que no próprio nome científico do tamanduá-mirim ou tamanduá-de-colete aparece uma característica fundamental que é a de ser um “caçador de formigas com quatro dedos”, ou seja, seu nome guarda a curiosidade de ser este um animal que adora se alimentar  de formigas e cupins capturados especialmente no solo ou nas árvores.

É insetívoro. Alimenta-se principalmente de formigas e cupins, no solo ou nas árvores e deste modo acessa cupinzeiros arbóreos não disponíveis ao tamanduá-bandeira. Come até 9 mil insetos por dia. Eventualmente pode comer abelhas e larvas de besouros.

Quando se alimenta, esse animal nunca acaba com um formigueiro ou cupinzeiro. Ele faz isto por períodos curtos e depois muda para outro ponto, permitindo às colônias de insetos se recuperarem rapidamente.

No Zoo de BH os tamanduás-mirins alimentam-se de uma “papa” feita com banana, mamão, cenoura, beterraba, água e uma “mistura para tamanduá” composta por ingredientes como ração de cachorro moída, farelo de trigo, leite de soja, leite em pó, ovo em pó e semente de linhaça. Além disso, recebem pedaços de cupinzeiros com cupins vivos como parte da dieta.

Sobre os tamanduás-mirim

De acordo com informações do Zoológico de BH, o tamanduá-mirim mede entre 0,55 a 0, 63 metros de comprimento, com uma cauda de 0,40 a 0,67 metros. Pode pesar até 7Kg. Possui uma faixa de pelos pretos que se estende ao longo do dorso e ventre do animal dando a ideia de que está vestindo um colete, o que explica o nome popular tamanduá-de-colete.

Apresenta nítida diferença morfológica nas diferentes populações. Animais ao norte do Brasil possuem coloração mais escura e o corpo mais alongado, assim como o focinho e as orelhas. Os animais da Mata Atlântica são mais claros e com o “colete” bem definido. Já os animais do Cerrado são mais robustos e com coloração mais dourada.

Não possui dentes. A forma de comer assemelha-se à dos demais tamanduás: também tem uma língua comprida e extensível e saliva pegajosa. Ele introduz na língua no formigueiro ou cupinzeiro, os insetos grudam e ele os recolhe para a boca, que se caracteriza por uma pequena abertura circular.

O olfato é o sentido mais desenvolvido e é o que o animal utiliza para se orientar. A visão e a audição não são muito boas e o tato é grosseiro. As patas anteriores possuem musculatura muito desenvolvida e cada uma apresenta quatro dedos com garras recurvadas, sendo a garra do terceiro dedo a maior, porém proporcionalmente menor à equivalente do tamanduá-bandeira. Já as patas posteriores apresentam cinco dedos com garras menores e musculatura menos desenvolvida.

As garras fortes presentes nas patas anteriores ajudam o animal a abrir frestas nos cupinzeiros e a subir em árvores e troncos. É dócil, mas quando atacado se defende usando essas garras. A porção final da cauda não apresenta pêlos e tem função semipreênsil. Ele a utiliza para subir em árvores e se pendurar nos galhos enquanto busca alimento.

Estado de conservação da espécie

O tamanduá-mirim consta nas Listas Vermelhas de Espécies Ameaçadas de Extinção, na categoria “Menos Preocupante” (IUCN, 2022-2 e ICMBio, 2022). É importante ressaltar que a carência de informações científicas sobre suas densidades populacionais e sobre sua ecologia dificulta consideravelmente a correta avaliação do estado de conservação da espécie.

Além disso, como possui uma taxa de reprodução baixa, dificilmente dá conta de compensar qualquer tipo de caça ou reverter o declínio populacional devido a atropelamentos ou queimadas.

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