A Arquidiocese de Belo Horizonte, com a participação de sindicalistas, realiza na manhã deste dia 1º de maio a tradicional Missa do Dia do Trabalhador, na Praça da Cemig, em Contagem, que chega à edição de número 41.
"Vivemos um momento muito delicado. São 13 milhões de desempregados, caminhando para mais. A situação social é muito difícil. Trabalhando com o povo, sabemos as consequências do desemprego, com a violência, o aumento de doenças, da depressão e da desestruturação familiar", afirmou Dom Otacílio Ferreira de Lacerda, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte.
O bispo também comentou a mobilização dos trabalhadores contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, conduzidas no Congresso pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).
"O caminho do diálogo é o que deve ser feito, não a imposição de decretos e a abolição de direitos já conquistados. Não existem soluções mágicas, miraculosas, mas acredito que o diálogo e a participação da sociedade civil são fundamentais neste momento", disse.

Antes do início da celebração, vários sindicalistas se posicionaram sobre o momento político atual, no palco montado."Nosso papel como professores é estar em contato direto com a população e discutirmos o sentido dessas reformas. Cabe a todas as centrais trabalhar por uma greve geral contra o governo", disse Flávia Vale, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte-MG).
"Não vamos aceitar. Reforma é quando se quer melhorar alguma coisa. Mas o que querem é desmontar todos os direitos construídos no último século", colocou o também sindicalista Gilberto Gomes, da CSP Conlutas.
Neste domingo a igreja celebra o dia de São José Operário. Hoje também é aniversário de 74 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).