(Marcelo Metzker / ALMG)
O ex-deputado federal Sérgio Miranda morreu, na madrugada desta segunda-feira (26), vítima de câncer de pâncreas, em Brasília. Ele será velado nesta terça-feira, também em Brasília, onde ocorrerá o enterro.
Sérgio Miranda era natural de Belém (PA). Ele foi vereador na capital mineira entre 1988 e 1992. Na Câmara Federal, exerceu quatro mandatos, de 1993 a 2006.
Em 2008, o comunista concorreu à Prefeitura de Belo Horizonte. Atualmente, ele trabalhava na Fundação Alberto Pasqualini.
Como parlamentar, Sérgio Miranda se destacou pelos trabalhos nas áreas orçamentária, previdência e direitos sociais e trabalhistas.
Em nota oficial, o PDT lamentou a morte de Sérgio Miranda. Leia na íntegra abaixo:
"É com pesar que o Partido Democrático Trabalhista de Minas Gerais informa o falecimento do Professor Sérgio Miranda. Nascido em Belém (PA), Sérgio Miranda tinha 65 anos e foi vereador por Belo Horizonte nos anos de 1988 a 1992, deputado federal por quatro mandatos (1993 / 2006) e chegou a ser indicado como um dos mais influentes da Câmara pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Sérgio Miranda veio para o PDT no ano de 2005. Foi um homem que lutou pela emancipação do povo brasileiro e teve a ética e o idealismo como marca de sua atuação política.
Sérgio Miranda foi presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Belo Horizonte e presidente da Fundação Leonel Brizola Alberto Pasqualini. Militante comunista, foi expulso do curso de Matemática na Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1969, devido decreto 477 do governo militar.
Como deputado federal, atuou na CPI das Fraudes do INSS, na investigação do assassinato dos fiscais do Ministério do Trabalho, além de ter feito missão oficial à China em 2000. Trabalhou principalmente nas áreas orçamentária, previdência, direitos sociais e trabalhistas. Como vereador, foi autor da lei da meia entrada para estudantes em BH.
O velório será realizado no Congresso Nacional em Brasília. O enterro também acontecerá na capital brasileira.
'Cabe ao movimento social influenciar executivo, legislativo e judiciário, exigir reformas afinadas com os interesses populares. Nesse caminho, o de colocar em marcha novos ideários, uma importante tarefa é desmitificar as mentiras, levar ao movimento social organizado uma visão que desconstitua dogmas e estigmas impostos pela hegemonia ideológica e política dos mercados e dos interesses do grande capital'. Sérgio Miranda"