Nos últimos 19 anos, qualidade de vida dos brasileiros melhorou

Hoje em Dia
31/07/2013 às 06:13.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:32

A vida dos brasileiros melhorou muito em apenas 19 anos, desde 1991, a julgar pelo “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil”, divulgado nesta semana. O estudo foi realizado pela ONU, com ajuda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e da Fundação João Pinheiro – o primeiro subordinado à Presidência da República, o segundo ao Governo de Minas.

Os dados foram calculados com base nos censos de 1991, 2000 e 2010. No primeiro, 85% dos municípios brasileiros apresentavam Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) muito baixo. No terceiro, o percentual caiu para apenas 0,6% dos municípios.

Em 1991, não havia nenhum município brasileiro com IDHM considerado muito alto. Em 2000, já eram 133 – ou 2,4% do total. Dez anos depois, o número saltou para 1.889, ou seja, 33,9% dos municípios. A classificação do IDHM geral do Brasil era de 0,493 (muito baixo) em 1991 e avançou para 0,727 (alto desenvolvimento humano), em 2010.

O índice é composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Educação tem o índice mais baixo, entre os três. Apesar disso, foi o que mais cresceu desde 1991, saltando do índice 0,279 para 0,637. Esse crescimento de 128% foi causado, sobretudo, pela maior frequência de jovens na escola. Em 2010, ela era duas vezes e meia maior que em 1991. No entanto, no último censo, mais de 30% das cidades brasileiras tinham nota inferior a 0,500 nesse indicador – ou seja, havia mais de 1.670 municípios com índice educacional muito baixo.

No indicador longevidade, o crescimento foi de 23% no período. Porém, é o indicador que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil, pois atingiu índice de 0,816, o que significa desenvolvimento muito alto numa questão vital.

No caso da renda, apesar do aumento real do salário mínimo depois da vitória de Lula na eleição de 2002 e dos investimentos no programa Bolsa Família, a alta foi de apenas 14%. O índice ficou em 0,739.

Muito embora o notável avanço, há 44 municípios brasileiros, apenas, com índice superior a 0,800, equivalente a IDHM muito alto. Minas, com 853 municípios, só tem dois nesse ranking: Nova Lima, com índice 0,813, é o décimo sétimo na lista; e Belo Horizonte, com 0,810, é o vigésimo. São Paulo lidera com 26 e Santa Catarina tem 11. Em compensação, Minas não aparece na lista dos 50 municípios com os piores índices. 

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