
Entre janeiro e julho de 2016 o Brasil registrou a criação de 1.199.373 novas empresas, o maior número para o período desde 2010, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. A quantidade é 1,8% superior à registrada nos sete primeiros meses de 2015, quando 1.178.356 foram abertas no país.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recorde de novas empresas criadas no Brasil nos primeiros sete meses de 2016 foi determinado pelo chamado "empreendedorismo de necessidade". Devido à destruição de vagas no mercado formal de trabalho, pessoas que perderam seus empregos estão abrindo novas empresas visando a geração de alguma renda. Além disso, segundo Serasa, o processo para a formalização de pequenos negócios tem ficado cada vez mais facilitado e menos burocratizado.
O Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas também informou que o número de novos Microempreendedores Individuais (MEIs) nascidos nos sete primeiros meses deste ano foi de 953.060 contra 888.837 no mesmo período de 2015, alta de 7,2%.
O Serasa Experian acredita que a crise por que passa o Brasil, no fim das contas, contribui para o aumento dos empreendimentos pelo país. Os responsáveis pelo aumento constante das MEIs são a crescente formalização dos negócios no Brasil e o empreendedorismo de necessidade. Em sete anos, passaram de menos da metade dos novos empreendimentos (44,5%, em 2010) para 79,5% no último levantamento.
Nascimento de Empresas por Região e estado
O Sudeste segue liderando o ranking de nascimento de empresas, com 615.490 novos negócios abertos entre janeiro e julho de 2016 ou 51,3% do total. A Região Nordeste ocupou o segundo lugar, com 16,7% (200.389 empresas). A Região Sul segue em terceiro lugar, com 16,6% de participação e 198.622 novas empresas. O Centro-Oeste registrou a abertura de 105.397 empresas e foi responsável por 8,8% de participação, seguido pela Região Norte, com 58.417 novas empresas ou 4,9% do total de empreendimentos inaugurados.