(Actvision/Divulgação)
Quem curte campanhas solo certamente ficou decepcionado com “Call of Duty: Black Ops Cold War”. Apesar da ótima história e da ação frenética, combinada com elementos cinematográficos, a duração da campanha é bastante curta.
E há uma razão para isso: games com campanhas extensas não são tão rentáveis como games com proposta multiplayer. Afinal, no modo online o jogo é infinito e há um mercado de tralhas digitais que é uma mina de ouro.
De olho nesse potencial, a Activision acaba de anunciar “Call of Duty: Vanguard”, próximo game da franquia de tiro. Com lançamento agendado para 5 de novembro, o game volta a ser ambientado na Segunda Guerra Mundial.
O vínculo com o online é tão intenso que a revelação do game aconteceu dentro de “Warzone”, o multiplayer gratuito da franquia. O game se tornou uma gigantesca comunidade que já chegou a 100 milhões de jogadores ativos, em março do ano passado. Ou seja, o Facebook da Activision é o “Warzone”, que rendeu em um único trimestre de 2020, US$ 1,2 bilhão de faturamento.
Segunda Guerra
Novamente a franquia retorna à Segunda Guerra Mundial. O último título da série a abordar o confronto entre o Eixo e Aliados foi “Call of Duty: WWII”, publicado em 2017.
Para os fãs do tema, o game contará com modo campanha. Não se sabe se será tão curto quanto em “Cold War”, mas não será tão extenso como “WWII”.
Isso porque a produção dará foco na jogatina em rede. O game terá integração com o “Warzone”. A Activision irá inserir os jogadores nos primórdios das Forças Especiais. Uma forma de vincular o abismo tecnológico dos anos 1940, com os armamentos contemporâneos.
Serão 20 novos mapas com diferentes cenários de guerra, visitando campos de batalha pela Europa, Pacífico e África do Norte. O game também contará com um modelo combinado para o modo “Zombie”. Segundo a Activision será um crossover. Resta saber como vai funcionar.
Polina
No vídeo de revelação do jogo há diversos momentos de combate. Mas o que chama atenção é a sniper soviética em uma das cenas. Trata-se de uma referência a Lyudmila Pavlichenko, atiradora ucraniana que abateu 309 soldados e oficiais nazistas durante a guerra.
A personagem nos faz lembrar do boicote feito ao anúncio de “Battlefield V”, em 2018. Na época explodiu um levante que criticava a inserção de uma personagem mulher no jogo.
A justificativa dos incomodados foi que o game distorcia a história, pois não havia soldados mulheres nas forças regulares. No entanto, Pavlichenko esteve lá e agora renasce em “Vanguard” como a operadora Polina Petrova, que será uma das protagonistas em “Warzone”. Afinal, a guerra nunca foi só para meninos.
Com versões para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S, o game já está com pré-venda aberta. Os preços variam de R$ 280 a R$ 440.