Obstáculos na estrada que leva ao crescimento econômico

Do Hoje em Dia
23/12/2012 às 07:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:57

O governo se empenha para que a economia brasileira cresça 4% em 2013, como quer a presidente Dilma Rousseff. É o que se nota pelos últimos movimentos para atrair investidores privados em aeroportos e rodovias, oferecendo condições mais generosas nos leilões de concessão, depois de ter resistido às parcerias público-privadas (PPPs). As quais, por sinal, começaram em Minas, no governo do PSDB.

Essa nova atitude pode favorecer o desenvolvimento mineiro, com a melhoria da infraestrutura do aeroporto de Confins e das BRs 040 e 116, com recursos e administração privados. Por outro lado, vai-se pagar mais pelo uso desses bens públicos, pois nenhuma empresa faz investimentos, se não tiver perspectivas de lucro. Terá, se depender da boa vontade do governo, que admite a cobrança de pedágio nas duas rodovias de até cinco reais para automóveis. Um valor 51,5% maior do que aquele estipulado em 2007 para a privatização da BR-381.

Naquele ano, a espanhola Obrascon Huarte Lain (OHL) venceu o leilão oferecendo preço bem mais baixo que o calculado pelo governo e proposto pelas concorrentes brasileiras. O pedágio seria inferior a um real e os investimentos previstos na melhoria da rodovia chegavam a R$ 3,4 bilhões. Quatro anos depois de assinar o contrato de concessão, em fevereiro último, o pedágio já estava em R$ 1,40 para automóveis e os investimentos somavam R$ 812,7 milhões. No próximo mês, serão leiloados 816 quilômetros da BR-116 e 937 da BR-040. Espera-se que haja grande concorrência e que o valor do pedágio fique mais baixo do que o proposto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, que faz cortesia com chapéu alheio.
 

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