Deus salve o América (e inspire os concurseiros)

14/05/2016 às 19:12.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:26

José Roberto Lima (*)

O livro que deu origem a esta coluna foi dedicado a algumas pessoas e instituições. Para os propósitos deste texto, merece destaque a dedicatória ao Esporte Clube Ribeiro Junqueira, de Leopoldina: “Aprendi com vocês que a vitória nem sempre é alcançada pelos mais capazes, mas pelos mais esforçados”.

Embora não seja uma obra sobre esportes, é sobre vitórias. E, seja nos estudos ou no esporte, a vitória é alcançada pelos que se empenham com afinco, persistência, abnegação, esforço e a constante crença em si mesmo. Não é por acaso que já proferi palestras em agremiações esportivas. Também não é por acaso que escrevi diversos artigos fazendo comparações entre concurso e futebol.

Lembro-me, por exemplo, de dois artigos:
“Concurso atlético do Atlético” (20/05/2013). Destaquei a vinda do Ronaldinho, que saiu desacreditado do Flamengo. Ele conseguiu se superar, tal como se espera de um concurseiro. Na partida final, podendo o time perder até por 3x0, o Cruzeiro quase tomou um título certo. Do mesmo modo, se o candidato a um cargo público não estiver preparado emocionalmente, pode por tudo a perder no dia da prova.

“Tinga – um concurseiro do gramado” (16/02/2014). Falei sobre o racismo contra aquele atleta. Argumentei que a instituição dos concursos é o melhor modo de se evitar o preconceito escondido, sobre o qual é quase impossível protestar. A seleção por meio de provas é a melhor garantia de que as repartições não serão compostas apenas por “amigos do rei” ou caucasianos de olhos azuis.

E, já que o tema é futebol, não posso deixar de parabenizar os americanos pela conquista do campeonato mineiro. Na história do futebol de Minas, não há melhor exemplo de superação, persistência e esforço.

Não faz muito tempo, o Coelho disputava a terceira divisão do campeonato brasileiro. Em 2013, disputando a segunda divisão, perdeu pontos por irregularidades formais, o que foi decisivo para adiar o sonho de subir à elite do futebol nacional.

Na recente disputa do campeonato mineiro, até seus torcedores começaram a “jogar a toalha”, diante da dificuldade de se classificar entre os quatro times que fariam as semifinais. Mas os heróis do Comandante Givanildo surpreenderam o Cruzeiro e não se acovardaram diante do Atlético.

Agora, com a chegada do campeonato brasileiro, desejo sorte aos atletas alviverdes. Mas, atenção, concurseiros, não é apenas um novo campeonato que começará. Vivemos também um novo tempo na política. Então, façamos disso uma motivação a mais para seguir estudando para os concursos que virão em breve.

O músico Fernando Brant, um dos americanos mais ilustres, compôs um hino para o clube. Eis o refrão: “Deus salve o América”. E eu acrescento: Deus salve o América e inspire os concurseiros.

(*) Advogado, professor da Faculdade Promove, mestre em Educação, delegado federal aposentado e autor de “Como Passei em 15 Concursos”. Escreve aos domingos.

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