O linfoma no Brasil

09/07/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:13

Gustavo Romani*

Nos últimos dias, o anúncio do diagnóstico positivo do ator Edson Celulari para o linfoma fez surgir nos mais diversos veículos da imprensa rumores sobre este tipo de câncer que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), deve acometer quase 11 mil novos casos em 2016 no país. 

O linfoma é um câncer pouco conhecido pela população brasileira por ser um tipo raro. A estimativa é de que sejam a nona ou décima ocorrência de câncer no Brasil, variando de acordo com a região do país. O número de casos duplicou nos últimos 25 anos e por razões ainda desconhecidas. 

O linfoma é um câncer que afeta as células do sistema linfático, que é uma parte importante do sistema imunológico, ou seja, o sistema de defesa do nosso organismo que ajuda a combater infecções. Os linfomas são divididos em dois subtipos: os Hodgkin e os não-Hodgkin, porque possuem células com características diferentes. 

O principal sintoma do linfoma não-Hodgkin é o aumento dos gânglios linfáticos, que se manifesta pelo surgimento de pequenos caroços em regiões como pescoço, axila e virilha. Outros sintomas são febre, tosse, coceira na pele, suor noturno e perda de peso. 

Entre os linfomas, é o tipo mais incidente na infância mas, por razões ainda desconhecidas, o número de casos aumentou exponencialmente nas últimas décadas, principalmente entre pessoas nos dois extremos da vida, ou pacientes jovens ou mais velhos.

Entre as opções de tratamento estão a quimioterapia, a imunoterapia, a radioterapia e o transplante de medula óssea. As chances de cura são, em média, de 60% a 70%.

Faz-se necessária a conscientização da sociedade sobre os cuidados com a saúde e a adoção de um estilo de vida saudável e com melhor qualidade. Quando o organismo não está bem, ele exterioriza por meio de sintomas, que devem ser avaliados por um profissional da saúde ao menor sinal deles. 

(*) Hematologista do Cetus Oncologia, centro especializado em medicina oncológica

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