Astrid Vieira*
Desgaste, frustração, estagnação, insatisfação e falta de aptidão ou vocação são alguns dos principais motivos que levam muitos profissionais a mudarem suas áreas de atuações no mercado de trabalho.
Em levantamento realizado pelo LinkedIn, os problemas apontados aliados à falta de desafios, contribuem para a decisão de mudanças. Conforme a pesquisa, 34% dos trabalhadores mudam radicalmente de empresa e carreira no mundo. Já no Brasil, o número de pessoas que modificaram suas áreas de atuações profissionais subiu para 39%. Mais cautelosa, a população feminina brasileira corresponde a somente 19%.
Para o planejamento de uma nova carreira, ainda é preciso considerar, que a sociedade lida ultimamente com um cenário em que jovens entre 14 e 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego, segundo dados do Ipea. No terceiro trimestre de 2016, a taxa de desemprego geral alcançou 11,8% e dentre os jovens da faixa etária citada anteriormente, a taxa atingiu 27,7%.
Com esse contexto, nem sempre trocar de carreira é uma opção, pois, a todo momento os profissionais precisam lidar com novas dinâmicas de mercado, introdução de tecnologias inovadoras, reengenharia de suas empresas, dentre outros complicadores. No entanto, o câmbio profissional é possível, desde que o profissional saiba identificar suas habilidades, reconhecer o conhecimento agregado, e não fazer idealizações sobre uma nova profissão.
Os próximos passos a serem dados para a transição profissional seria contabilizar os custos; reservar finanças; avaliar as demandas e estudar as características atuais do mercado de trabalho; criar uma rede de contatos; conhecer as experiências de pessoas que passaram pela mesma situação; aprimorar conhecimentos; cuidar da saúde; e principalmente ter a plena certeza da decisão de mudança profissional.
Por fim, o profissional deve acompanhar as principais fontes de emprego como sites especializados, consultorias de Recursos Humanos e Headhunters.
(*) Diretora da Leaders Outplacement