Mauro Condé*
“Pensar é um dos maiores prazeres da raça humana”
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre ciências.
Eles me levaram para a Itália de 1641, em Florença, capital da Toscana, onde fui recebido pelo gênio Galileu Galilei, o pai da ciência moderna, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
Prefira ter a sua mente aberta por curiosidade do que fechada por convicção.
Galileu quebrou paradigmas em série.
Criou um método baseado na experimentação e na linguagem matemática.
Fez da demonstração dos seus métodos por meio de evidências concretas o seu cartão de visitas.
Meça o que pode ser medido e torne mensurável o que ainda não pode.
Galileu inventou um termômetro de água, um instrumento para medir a pulsação das pessoas, a balança hidrostática, o compasso geométrico e ainda aperfeiçoou o pêndulo.
Desenvolveu também o telescópio e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno e as estrelas da Via Láctea.
Galileu literalmente jogou por terra uma das mais antigas crenças do mundo provando que a velocidade de corpos em queda era determinada pela gravidade e não pelo peso de cada objeto.
Comunique-se da forma mais clara e concisa possível.
Para convencer habilidosamente as pessoas e exercer influência sobre elas afie o machado das suas melhores técnicas de explicação, persuasão e convencimento.
Quanto menos as pessoas entendem, mais elas querem discordar.
Mas se caso estiver lidando com pessoas que resistem como pedras, prefira ser feliz a ter razão e se preciso for negue até o óbvio para seguir adiante.
Foi assim que Galileu escapou da queima na fogueira depois de ser excomungado pela igreja por defender a teoria de que a terra era redonda e se movia em volta do sol.
Publicamente ele desmentiu sua descoberta e com isso acabou ficando anos em prisão domiciliar.
Visionário e sentindo que seus contemporâneos não queriam enxergar o que ele via, preferiu se recolher, recuar e registrar secretamente, para a posteridade, os detalhes de suas descobertas.
Quem hoje visita o túmulo de Galileu descobre escrito no mármore a frase que ele balbuciou ao final do seu falso juramento:
“Contudo, move-se!”
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.