Agentes da Polícia Federal querem eleger cinco deputados

22/09/2017 às 17:45.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:41

Embalados pela imagem positiva, oriunda das operações policiais que ganharam o país, como a Lava Jato, policiais querem aumentar a influência na política. A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que representa escrivães, papiloscopistas e agentes, quer eleger cinco deputados federais no próximo ano. Também tem como meta lançar o maior número de candidatos possível para as vagas de deputados estaduais. 

O assunto ganha corpo desde o último mês, quando foi realizado encontro nacional da categoria com grande apelo pela consolidação na esteira política. 

A chamada “bancada da bala” tem hoje 35 integrantes na Câmara Federal, a maior parte, delegados. 

Os agentes da Polícia Federal detêm 21 cargos municipais país afora, segundo dados da Fenapef. São seis prefeitos, 14 vereadores e um vice-prefeito. 

Em Minas Gerais, o escrivão Cláudio Prates, hoje vereador em Montes Claros, será candidato a deputado federal. “Nunca tive o sonho de ser político. Mas a partir do momento que percebi que meus desejos dependiam da minha contribuição social, decidi participar”, afirma o escrivão da PF.

TCE

Em meio ao mal-estar interno - que envolve o presidente, procuradores e conselheiros substitutos - o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais publicou edital para o preenchimento de duas vagas de conselheiros substitutos. O salário inicial é de R$ 29 mil e é necessário qualquer curso superior, ter entre 35 e 65 anos e conhecimento sobre temas jurídicos e econômicos. 

Intervenção

Inusitado. Inédito. O prefeito de Bom Despacho, Fernando Cabral, determinou a intervenção na Copasa. Isso mesmo. A justificativa é  de que a população  sofre com o desabastecimento de água e a Copasa, concessionária responsável pelo fornecimento, não foi capaz de solucionar o problema. Em ofício encaminhado ao secretário de Cidades e Integração Regional, Carlos Murta, Cabral diz que alguns bairros ficam até 15 dias sem água. “Também estão sofrendo escolas e o Pronto Atendimento de Saúde. Mesmo com eventuais entregas com pipas, já por muitas vezes as escolas tiveram que mandar seus alunos para casa por absoluta impossibilidade de cozinhar, fazer a higienização do imóvel ou dos alunos, lavar roupas e vasilhas”, diz parte do documento. 

O prefeito nomeou como interventor o administrador de empresas Denis Carvalho. Ele assumirá a direção das operações locais da Copasa, incluindo pessoal, material, equipamento e instalações, segundo a prefeitura. A Copasa é uma companhia estadual. 
Ela não se manifestou sobre o caso.

Sucessão

Enquanto o governador Fernando Pimentel percorre o estado anunciando investimentos e obras (pequenas, já que o Estado passa por dificuldades financeiras) os adversários constroem o discurso exatamente nas críticas à gestão. Ontem, Dinis Pinheiro (PP) atacou o atraso no pagamento do salário do funcionalismo, já normalizado. “O atraso no pagamento da segunda parcela dos salários dos servidores é mais uma comprovação da falta de gestão do governo estadual. Os municípios também são vítimas desse cenário”, afirmou.

  

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