Nossa luta continua

26/03/2020 às 21:59.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:06

Hoje completam sete dias que bares e restaurantes de Belo Horizonte estão de portas fechadas em virtude do decreto da Prefeitura Municipal para conter o avanço da pandemia de coronavírus. Diante deste cenário de guerra e da incerteza de quanto tempo esta crise de saúde pública vai durar, a economia (obviamente) já começa a sentir os ‘efeitos colaterais’ da Covid-19.

Só para você, meu caro leitor, ter uma ideia, estimativas feitas por entidades ligadas ao comércio preveem demissão de até três milhões de pessoas no setor em todo o país, devido ao fechamento de bares e restaurantes, entre outros tipos de negócios. Somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte há 130 mil trabalhadores neste segmento, divididos em 20 mil estabelecimentos. Se o Governo Federal não fizer nada para ajudar a conter os prejuízos, cerca de 60 mil pessoas poderão ser demitidas em 40 dias e mais de 50% dos negócios do setor não deverão sobreviver.

Por isso, está mais que na hora, ou melhor, já é passada a hora, do Governo Federal nos ajudar, por exemplo, com a implementação de programas de pagamentos de salários aos nossos colaboradores, que precisam se manter e manter suas famílias durante este difícil período que enfrentamos.

Nós somos a mola propulsora deste país. Assim como qualquer empresa, desde o instante em que abrimos nossas portas, começamos a sustentar a máquina do governo nas três esferas (municipal, estadual e federal). Nada mais justo para quem sustenta esses poderes, receber o mínimo de auxílio.

Essa já é a segunda semana consecutiva que trato deste mesmo assunto aqui na coluna e assim o farei enquanto não formos atendidos, afinal o que me move é o bem do setor e do coletivo.

Quero usar este espaço, também, para tranquilizar os meus amigos e colegas de classe e, ao mesmo tempo, homenagear a bravura de cada um. Vocês todos estão dando um belo exemplo de empatia nesses dias difíceis, se ajudando mutuamente, inclusive com palavras de apoio e incentivo. Esses gestos são, sem dúvida, o combustível mais poderoso para não sucumbirmos.

Entendo, perfeitamente, que os negócios aos quais todos se dedicam não só fazem parte do DNA de cada um, como são empreendimentos em que foram depositados projetos, objetivos e, principalmente, sonhos. Por isso, repito: vamos buscar, a toda hora e a todo minuto, recursos para nos mantermos vivos.

Peço apenas para que tenham calma. Vamos viver um minuto de cada vez, afinal também precisamos [MUITO]de nossa saúde mental. E, por fim, um último pedido: jamais deixem o time de vocês à deriva. Tentem mantê-los. Mais do que nunca, agora eles precisam de nós. Juntos somos mais fortes!

 

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