Para ler em família

13/02/2020 às 15:15.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:37

De repente eu me peguei assistindo a diversos vídeos, projetados do meu celular na televisão, sozinho num quarto, rindo e chorando, numa alternância de sentimentos mas com a certeza de que o amor é a base que nos dá forças para lutar por nós mesmos e pelos outros. 

Os vídeos me foram enviados pela jornalista Larissa Carvalho, junto a uma mensagem doce e esperançosa, que nos convida a conhecer uma dor que pode nunca ter passado na minha porta, mas que chegou na vida de muita gente. Não sei afirmar se ela, a dor, veio sozinha. Mas que ela dá vazão a esse amor e a uma força que temos internamente e que, muitas vezes, até desconhecemos, isso é comprovadamente certo.

A Larissa teve seu segundo filho e o cobriu de carinho e cuidados, amamentando corretamente e estimulando-o. Porém, foi percebendo que o seu desenvolvimento não estava dentro do que se espera para a idade e, depois de algum tempo e muitas consultas, veio a constatação: o Théo não senta, não anda e não fala. Ele tem uma doença rara que o teste do pezinho não detectou.

A mãe, sem saber, amamentou, deu várias frutas e legumes, papinhas com feijão, carne e o Théo foi perdendo neurônios. Mais tarde é que se descobriu que ele tem uma doença genética, metabólica e que não pode comer proteína livremente. Se a família tivesse dado a alimentação correta, tudo isso poderia ter sido evitado.

O teste do pezinho é essencial para detectar precocemente diversas doenças raras. É dever do governo oferecê-lo gratuitamente a todo recém-nascido e é obrigação das mães exigir que esse direito seja cumprido. 

Porém, a versão atual do teste, disponibilizada na maioria dos estados brasileiros, detecta apenas seis doenças. Já a sua versão ampliada, disponível em redes particulares, identifica até 53 doenças e contribui muito mais rápida e eficazmente para um futuro saudável das crianças, evitando sequelas graves como cegueira e paralisia cerebral.

Hoje, as famílias da Larissa e de outras tantas criancinhas, além de ONGs como o Instituto Vidas Raras, lutam pela obrigatoriedade de o Estado ofertar o teste ampliado do pezinho. E essa batalha pode ficar ainda mais próxima da vitória se você, sua família e seus amigos entrarem no site pezinhonofuturo.com.br e assinarem uma petição, que dará mais possibilidades de saúde às crianças deste país afora.

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