Olá amiga e amigo advogado, tudo bem?
Já falei algumas vezes neste espaço sobre a importância de se modernizar a prática jurídica. Afinal, num meio tão conservador quanto o nosso, é um desafio ajudar a trazer inovações tecnológicas que modernizem e simplifiquem o trabalho do advogado, sem que, contudo, o profissional “de carne e osso” perca a sua importância (o que não vai acontecer, afinal, não estamos num filme de ficção científica de Hollywood).
Felizmente, não sou o único a pensar isso: muitos no meio jurídico também estão começando a despertar para o potencial das tecnologias digitais em melhorar o trabalho dos operadores jurídicos. É o caso da seccional de Minas Gerais da OAB, que realizou o I Seminário da Comissão de Direito para Startups na última segunda e terça-feira. O evento contou com uma série de palestras que abordaram temas como empreendedorismo, a legislação do setor e as startups jurídicas, ou legaltechs. Além disso, assuntos polêmicos como o Blockchain e o Bitcoin (as tão comentadas moedas digitais dos dias de hoje) e as atividades das startups em setores regulamentados também foram abordados em palestras específicas.
Na terça, o evento abriu espaço para que algumas legaltechs fizessem “pitches”, ou seja, uma rápida apresentação de seus produtos e soluções desenvolvidos para o setor jurídico e também compartilhassem suas experiências com os participantes. Entre as empresas participantes, estiveram a Sem Processo (uma plataforma que simplifica as negociações jurídicas para empresas, sem a necessidade de grandes embates no Judiciário), a D’Acordo (que auxilia no contato, via videoconferência, entre consumidores e empresas) e, claro, o próprio Juris Correspondente. Nossa relações públicas, Sarah Dutra, apresentou à plateia todas as melhorias que trouxemos ao Juris recentemente, como a nova versão do site e o Juris Mentoring, o programa de mentoria online que disponibilizamos em nosso canal no YouTube.
A Comissão de Direito para Startups foi fundada com o propósito de auxiliar no contato entre a Ordem e as empresas, em especial as lawtechs e legaltechs. Além de buscar a aproximação da OAB com as empresas e as tecnologias que elas desenvolvem (que, claro, só tem a oferecer soluções para “descomplicar” o dia a dia dos operadores do Direito), a Comissão também auxilia advogados para que possam prestar atendimento jurídico às startups, orientando-os quanto às particularidades dos cenários em que atuarão.
Com isso, a OAB/MG deu um importante passo para a aproximação com as startups, lawtechs e legaltechs. E, o que é mais importante, tomou a dianteira ao abordar assuntos que logo estarão presentes nas vidas profissionais dos operadores do Direito, ao invés de “tapar o sol com a peneira”. Afinal, se as mudanças tecnológicas são inevitáveis, agora é o momento para compreender como elas podem ser utilizadas para melhorar a vida de todos os profissionais do Direito, tal como tem acontecido em outras áreas. Certo?
Abraços e até a próxima!