Escala obrigatória

06/02/2020 às 12:13.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:32
 (Bruno Cantini/Atlético/Divulgação)

(Bruno Cantini/Atlético/Divulgação)

Bruno Cantini/Atlético/Divulgação / N/A

   Se não passarmos pelo Unión Santa Fe, só irá restar o Santa Fe Rugby Club para o Atlético enfrentar em 2021, tendo que trocar o futebol por um outro esporte como o hóquei em campo ou o rugby. Quis o destino que nossa aventura pelas Américas, neste ano, começasse praticamente no mesmo ponto onde paramos em 2019: na cidade argentina de Santa Fe de la Vera Cruz. Com nome de cenário de filmes do Zorro, Santa Fe é a nona cidade mais populosa do país vizinho e conta com dois times de futebol sem muita tradição – o Colón e o Unión – mas de grande rivalidade entre eles. Tivemos o prazer (ou desprazer, como preferirem) de conhecer o Colón no ano passado, quando o alvinegro foi eliminado nos jogos de semifinal da Copa Sul-Americana. Agora é a vez do Unión, atual 17º colocado do campeonato portenho, adversário desta noite na estreia do Atlético na competição continental. Antes de 2019, devo admitir, nunca tinha ouvido falar de Santa Fe. Em minha memória de torcedor, destacam-se Buenos Aires, Rosário e Lanús, palcos de grandes conquistas alvinegras no terreno hermano. Numa rápida pesquisa pela internet, porém, descobri que o município representa o coração do Mercosul, principalmente do ponto de vista econômico, por ser um centro importante de escoamento de produtos. O motivo principal é o seu porto, que já tinha a sua importância constatada em 1662, quando, por decisão real, todo navio que trafegasse pelo rio Paraná era obrigado a fazer uma escala no local. O que talvez explica o fato de o Galo estar novamente pisando em Santa Fe. No ano passado, é preciso dizer, a gente sabia que este barco não iria muito longe, pela campanha do time no segundo semestre. Agora, esperamos, pode ser diferente, um primeira escala para uma longa e gloriosa jornada. A embarcação foi renovada e ganhou um comandante de longas rotas pela América do Sul. Se manter o céu de brigadeiro, tem tudo para atracar em porto seguro e evitar um novo “pulgazzo” – como foi definida a classificação do Colón para a final, em referência ao atacante Pulga, que fez a diferença para os sabaleros. Não há outro melhor “inseticida”, neste caso, do que fazer a equipe voltar a marcar gols.

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