É preciso ser autêntico

30/08/2018 às 21:41.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:12

Irene Azevedo* Em pesquisa realizada pela consultoria Lee Hecht Harrison (LHH), 70% dos executivos entrevistados admitiram que não são autênticos nas organizações. Número alarmante e que merece uma reflexão cuidadosa. Então, vamos lá. Está provado que a autenticidade e a transparência são pilares para o aumento de confiança e, consequentemente, levam à agilidade. No ambiente em constante mudança, ter líderes e liderados engajados é essencial para que os objetivos sejam atingidos. Neste contexto, ter uma organização ágil é vital para a sobrevivência no mercado. Fico, então, ainda mais preocupada com o resultado da pesquisa, já que mais da metade dos profissionais não pode ser autêntica no ambiente de trabalho. Afinal, é extremamente complicado enfrentar uma carga horária tão intensa e demandante. Para se ter ideia, a maioria dos executivos trabalha mais de 8 horas por dia não sendo eles mesmos e desempenhando papéis não alinhados com valores e propósitos próprios. A consequência? O profissional entra no piloto automático, realizando ações sem a agilidade necessária para o momento atual. Resultado: as transformações organizacionais necessárias nas empresas para esta ruptura no mundo dos negócios ficam mais lentas. Exemplo disso são as áreas de inovação criadas, mas que não se tornam realmente eficazes. E o que fazer para reverter isso? Uma alternativa de longo prazo seria criar um ambiente de reflexão para que executivos ou não desenvolvam autoconhecimento a respeito de seus valores e propósitos e , assim, produzam resultados mais consistentes. Outra opção seria trabalhar entre as lideranças a reflexão e tomada de consciência de seus valores, propósitos, mas revendo seu contrato de liderança, resultando principalmente em função de comando pelo exemplo, ou seja, fazendo exatamente o que dizem. Aí sim começa caminhada da confiança, capitaneada pela autenticidade, que vai gerar a agilidade tão desejada. Quando o líder muda seu comportamento, fica muito mais fácil o inicio da transformação da equipe. A jornada não termina aí, mas o primeiro passo foi dado. *Diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança para América Latina da Consultoria Global LHH.  

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