62.517 vidas

28/06/2018 às 19:41.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:04

Maurilio Pedrosa

62.517 foi o número de homicídios formalmente registrados pelo Ministério da Saúde em 2016 no Brasil, fora outros milhares que certamente ocorreram sem que as autoridades tomassem conhecimento e, muito menos, providências para diminuir esse absurdo volume. Os dados foram divulgados neste mês no Atlas da Violência, publicação anual desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O estudo confirma tristes informações que recebemos diariamente pelo noticiário, como o grande número de jovens que tiveram suas vidas tiradas intencionalmente no país: mais de 33 mil pessoas que deixam sonhos interrompidos, famílias desestruturadas, indignação.

Assim como os jovens, negros e mulheres cada vez mais são vítimas da violência letal no Brasil. Os dados de 2016 trazem a informação de que 71,5% das pessoas que são assassinadas no país, anualmente, são negras ou pardas. Ao relacionarem gênero e raça, a constatação dos pesquisadores é de que a taxa de homicídios de mulheres negras aumentou 15,4% nos últimos dez anos.

Diante dos estarrecedores números, reafirmamos nossa convicção de que é preciso frear o acelerado processo de aumento da violência no país. Cada vida vale muito. Precisamos pensar e agir nas causas de todo esse desastroso problema, que passa por condições dignas de alimentação, moradia, saúde, educação, emprego, dentre tantas outras frentes.

É urgente a ação integrada e efetiva pela inclusão social e promoção da cultura de paz, para transformar dezenas de milhares de vidas que se perdem anualmente em múltiplas possibilidades de produtividade, desenvolvimento e progresso, atributos em que o Brasil tanto precisa melhorar. É nisso que o Minas Pela Paz acredita e trabalha todos os dias, em ações de enfrentamento à criminalidade e de abertura de oportunidades para a redução dos índices de reincidência criminal.
Faça a sua parte: comece por quem está ao seu lado, seja exemplo, respeite o próximo, promova e incentive atitudes honestas, positivas, cooperativas e não violentas. Precisamos virar esse jogo!

*Gestor do Minas Pela Paz
 

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