José Roberto Lima*
Como uma corrida de cavalos, imaginemos uma corrida entre os candidatos a um cargo público:
– Foi dada a largada para mais um concurso! Nos primeiros lugares despontam os mais preparados, entram no páreo os que estão se empenhando nos estudos, no grupo mediano vêm os que tentam a sorte e lá na rabeira seguem os que apenas prestam satisfação aos outros.
Quais pessoas ganhariam esta corrida? Claro que seriam os mais preparados e, para as vagas que sobrassem, os empenhados nos estudos. Então, o que há de diferente no grupo da dianteira? Bem, se você fosse comprar um cavalo vencedor, seria o bastante saber sobre as últimas vitórias dele? Ou buscaria saber sobre todo o histórico da fazenda onde foi criado, como foi treinado e o tratamento que recebe?
Num concurso é a mesma coisa: a vitória não se define na largada de uma corrida. Este é apenas o espetáculo. Mas, antes disso, há o histórico de um firme propósito de triunfar, que não se confunde com qualquer preocupação em impressionar um vizinho, nem de prestar satisfações a algum familiar.
Por causa desses contextos sociais, que resultam em impressionar mais e estudar menos, muitos candidatos desistem. Afinal, quando vem a reprovação, vem junto a morte. Claro: não é morte literal, mas a morte social, o descrédito de quem você mais preza e que esperava muito o seu sucesso.
Então, saia dessa corrida espetaculosa que vai da inscrição até o dia da prova. Comece sua preparação bem antes disso, muito antes de sequer surgirem notícias da publicação de mais um edital.
Assim, quando a corrida começar, isto é, quando forem abertas as inscrições, você dará a largada na mesma linha dos outros candidatos. Mas o seu preparo garantirá as primeiras posições, do início ao fim do espetáculo. Boa sorte nos estudos!
(*) Advogado, professor da Faculdade Promove, mestre em Educação, delegado federal aposentado e autor de “Como Passei em 15 Concursos”. Escreve aos domingos.