A economia dos ingênuos

05/07/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:09

José Pio Martins*

A economia é o sistema por meio do qual um povo produz, distribui, troca, consome e acumula bens e serviços. Para funcionar e prover a população do gigantesco conjunto de bens e serviços necessários à vida, o sistema emprega os fatores de produção (recursos naturais, trabalho, capital e empresas).

É grande o número de pessoas no meio político, intelectual e da militância partidária que falam e opinam como se fossem especialistas, mesmo sem terem conhecimento. Assim, não é de estranhar que o estoque de bobagens seja elevado, como a afirmação de que “o problema do Brasil é a desigualdade de renda, e basta tirar de quem tem e transferir aos pobres para que a pobreza seja superada”.

Isso não é verdade. Primeiro, o Brasil é um país pobre. Se tudo o que produzíssemos fosse distribuído igualitariamente, continuaríamos sendo uma nação de pobres. A meta principal é fazer o PIB crescer mais que a população. Nenhuma outra meta é mais importante que essa.

A Economia não é a ciência da bondade. É a ciência do necessário e do viável. Assim, o socialismo morreu por duas razões: uma, não é passível de funcionar sem supressão das liberdades individuais; outra, é péssimo para produzir riqueza.

O problema do igualitarismo é que não funciona e não consegue atingir os fins propostos, por uma simples razão: não premia o talento individual, acaba com o empreendedorismo e destrói o sistema produtivo criador de riqueza.

(*) Economista e reitor da Universidade Positivo

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