*Rogério Ferreira Rezende
Nelson Ferreira Filho
Há algumas décadas atrás, quando se pensava nas áreas de atuação de um engenheiro, era comum relacionarsomente as indústrias de manufatura e construção. O papel do engenheiro, com exceção das indústrias de equipamentos médico-hospitalares, ainda era visto como muito distante do setor de saúde.
Com o avanço tecnológico e a maior complexidade dos equipamentos e sistemas, principalmente nos hospitais, houve uma aproximação entre os setores de engenharia e saúde. No Brasil, a aproximação entre os setores ocorreu a partir da década de 90, com a implantação de cursos de especialização em engenharia clínica, com foco na gestão de tecnologias de saúde e aplicação de técnicas gerenciais.
Além disso, outras especializações da engenharia também passaram a ser demandadas no setor de saúde. Atualmente observa-se a atuação de engenheiros nas organizações de saúde em áreas como gestão de projetos, gestão da qualidade, melhoria de processos, engenharia de manutenção e mais recentemente a engenharia de dados. Alguns hospitais e operadoras de planos de saúde já possuem equipes de engenheiros que trabalham especificamente com engenharia de dados: os dados são analisados e tratados em softwares para que sejam gerados indicadores e informações importantes para a definição de estratégias e tomada de decisões.
Neste momento, devido à pandemia do Covid-19, observa-se novamente a grande relevância do papel da engenharia na gestão de áreas da saúde, como por exemplo na gestão de aquisições (compras de equipamentos e materiais), na manutenção de equipamentos, na gestão de riscos (para definição de estratégias e ações), na gestão de custos (para gerenciar os orçamentos e priorizar os investimentos), na gestão de prazos, entre outras áreas.
Espera-se portanto, que cada vez mais, a atuação dos engenheiros no setor de saúde seja multidisciplinar e integrada às diferentes atividades das organizações e dos profissionais deste setor.
O curso de Engenharia de Produção das Faculdades Kennedy proporciona aos alunos um elevado nível de conhecimento, por meio de disciplinas voltadas à gestão de projetos, gestão da qualidade, estatística, gestão de ativos e mapeamento de processos. Objetiva-se desta forma, preparar os estudantes para as novas demandas do mercado de trabalho da engenharia, inclusive para o setor de saúde.
*Rogério Ferreira Rezende é mestre em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas e professor do Curso de Engenharia de Produção das Faculdades Kennedy de Belo Horizontee Nelson Ferreira Filho é doutor em Engenharia de Produção, coordenador e professor do curso de Engenharia de Produção das Faculdades Kennedy de Belo Horizonte.