A importância da imprensa livre

22/10/2018 às 21:34.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:22

Aristóteles Drummond


Nestes tensos dias que correm, o Brasil precisa valorizar a liberdade de imprensa que temos. É ela que tem sido a defesa da sociedade das maquinações desonestas dos que manipulam inverdades com fins políticos. Sem dar chance de a propagação de fatos e declarações inverídicas manchar a disputa eleitoral. Livre e plural, isenta no noticiário e dê opinião em textos assinados é claro.

A presença e a importância das redes sociais só vieram a confirmar o valor e a responsabilidade da imprensa, jornais, rádios e Tvs, que respondem, inclusive, perante a lei pelo que publicam ou veiculam. Por isso, antes de compartilhar publicação de cunho político nas redes sociais, é prudente que as mesmas tenham origem nos sites de órgãos de imprensa.

Na televisão nota-se a irritação de comentaristas com as pesquisas que refletem a vontade popular. Comentar não é opinar de forma preconceituosa. Hoje, quem veicula as chamadas “fake news” pode responder por crime perante a lei. E esta vigilância legal não trata de censurar, mas, sim, de coibir o mau uso das redes.

As acusações cruzadas envolveram, na verdade, quase todos os postulantes, alvos de ataques que chegam a beirar o ridículo. É comum se atribuir a este ou aquele candidato absurdos como o de serem contra raças, classes sociais, orientações de gênero etc. O que é, aliás, vedado pela Constituição e por lei. Este tipo de preconceito nunca teve acolhida no povo brasileiro e, portanto, seria uma ilação desonesta acusar alguém que postula o voto popular adotar comportamento aético, amoral, ilegal e indigno. Ou o uso desleal de palavras pronunciadas em outro contexto, geralmente em meio a um debate ou discussão. Quem nunca foi infeliz numa colocação?


Outro ponto que deveria ter atenção foi o surgimento na campanha de manifestações do Judiciário, do Ministério Publico, dos tribunais de Contas, da Polícia Federal ou das estaduais envolvendo o nome de candidatos. Ora, houve tempo para isso e agora soa como atitude de cunho eleitoral. Depois do registro de candidaturas, novas ocorrências deveriam ter sido suspensas. São observações de um veterano repórter político.

*Escritor e jornalista
 

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