A memória em Minas

03/09/2018 às 21:01.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:16

Aristóteles Drummond* Minas se consolida como centro de estudo da história, do registro de seus grandes homens que a fizeram e a fazem grande. São exemplos de generosidade, criatividade, competência e cordialidade, que caracterizam o caráter mineiro em diferentes áreas. E é intensa a atividade no interior.  Ozório Couto, de Luz, é dono de um exemplar texto, reconhecido por mais de um governante mineiro a quem confiou suas correspondências pessoais, discursos e apresentação de projetos. Firma-se como biógrafo ao entregar a biografia de Carlos Carneiro Costa, engenheiro, empreendedor, que marcou a construção civil de Minas por décadas e o principal modernizador da praiana Cabo Frio, adotada pelos mineiros. Ozório já havia dado a Minas a biografia de seu ilustre tio, o historiador Waldemar de Almeida Barbosa, que ele sucede no Instituto Histórico de MG. O jovem poeta Petrônio Souza Gonçalves publicou obra sobre José Aparecido de Oliveira. Ronaldo Costa Couto, de tantos relatos, incluindo o de Tancredo Neves, de quem foi próximo, escreveu A saga dos Klabin-Lafer. Nela, conta a história do maior grupo de papel e celulose da America Latina que pouca gente sabia ter raízes mineiras, pois Woolf Klabin se casou com Rose, filha de Arthur Hass, grande empreendedor no século passado. Políticos municipais também merecem uma atenção. Exemplo é Amarílio de Andrade, com sete mandatos de vereador em Barbacena, um de vice-prefeito, benemérito da Cidade das Rosas, que a ele deve seu centro médico voltado para o câncer. O livro de sua vida foi coordenado por Sergio Cardoso Ayres. Assim como Newton Vieira milita exaltando os filhos ilustres da região que tem como centro Curvelo, valorizando Zuzu Angel, Lúcio Cardoso, Clara Nunes, entre outros.  A Editora Fino Traço está lançando neste mês a tese de doutorado de Camila Kézia Ribeiro Ferreira, sobre a Revista de História e Arte e a obra de Augusto de Lima Junior. Este foi o historiador mineiro que atuou junto a Getúlio Vargas e a JK, no repatriamento dos restos mortais dos inconfidentes, no decreto que fez de Ouro Preto Monumento Nacional, na criação da Medalha da Inconfidência.  Lembrar de quem fez, e faz, é dar às novas gerações o bom exemplo e valorizar as cidades que os viu nascer.  *Escritor e jornalista  

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