A (r)evolução que não acaba

28/04/2016 às 19:25.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:10

Caio Bretones (*)

O consumidor já está mais do que habituado a acessar a internet em seu smartphone para se comunicar, pedir um táxi, comida, pagar contas, fazer compras...e é neste cenário que o mercado de apps espera prosperar. Os varejistas já enxergam a necessidade urgente de se “reinventar” para acompanhar a mudança dos hábitos de consumo dos brasileiros, sendo uma área que tem visto a necessidade de investir em inovações e ações cada vez mais assertivas.

De acordo com o relatório da consultoria App Anie, o Brasil é apontado como um dos mercados mais promissores nos próximos cinco anos. Para 2016, a previsão é de que o mercado no país apresente um crescimento de 40%.

Apps que trazem inovações para o PDV, com o uso de beacons, RFID e geolocalização devem prosperar este ano. É a revolução do varejo, que vem tentando se moldar digitalmente para conseguir impactar e conversar com seus clientes, frente ao crescimento constante do e-commerce. E com a maior confiança do consumidor em realizar transações financeiras via smartphone, a tendência é de que os bancos sejam os próximos alvos: abre-se caminho para os FINApps (aplicativos de transação financeira).

De acordo com um relatório lançado recentemente pelo Citi, os investimentos em tecnologia financeira cresceram de US$ 1,8 bilhão em 2010 para US$ 19 bilhões em 2015, e 70% disso tem foco na experiência do consumidor final, ramo mais fácil de penetrar do que o corporativo.

Ao permitir a realização de todas as operações diretamente do celular, desde cadastro, consulta, recebimento de faturas e mesmo o pagamento destas, estes tipos de serviços podem cortar custos que seriam acrescentados às taxas dos clientes, além de otimizarem o tempo tanto do consumidor quanto do prestador de serviço, tornando tudo mais prático em um momento em que tanto se valoriza o “tempo”. É possível sermos a última geração a usar cartões de crédito e débito, tudo provavelmente será colocado em um dispositivo móvel.

A experiência do usuário (UX) é um fator fundamental e as pessoas estão cada vez mais exigentes em relação à tecnologia. Se ao tentar pagar uma conta, por exemplo, a transação falhar por erros técnicos, provavelmente este será um usuário perdido. Garantir a segurança do cliente e atender todas expectativas é essencial. Prósperos são e continuarão sendo os aplicativos que otimizam processos, a exemplo do Uber, em que o usuário cadastra seu cartão e não precisa se preocupar com o pagamento ao fim de uma corrida.

Com mais de 76 milhões de smartphones no país (Nielsen Ibope) e o número de acessos em banda larga móvel 4G batendo os 25,4 milhões em todo o Brasil, igualando-se ao número de acessos em banda larga fixa (Associação Brasileira de Telecomunicações), é praticamente obrigação das empresas que pretendem permanecer no mercado marcarem presença no ambiente mobile.

Estar atento às tendências é essencial para continuar no mercado, que é cada vez mais desafiador, incluindo um cenário econômico adverso, forte concorrência e consumidores cada vez mais antenados.

* CEO da Mobile2you Tecnologia, administrador formado pela Universidade Mackenzie, com passagens em diversas empresas de importação e exportação, como Fedex (Federal Express). 

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