A urgência do agir

03/10/2016 às 21:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:05

Aristóteles Drummond*

O momento que o Brasil vive precisa basicamente de coragem, determinação e muito patriotismo. Todos sabem o que fazer, como fazer e da urgência de fazer. Menos, é claro, os que vivem da exploração barata da ignorância, do ressentimento e da falta de informação de parte da população. Justamente aqueles mais atingidos pela crise, vítimas da desaceleração da economia. 

Temer tem a vantagem de estar realizado pessoal e politicamente, ter 75 anos, e ambicionar salvar o Brasil e usufruir dos últimos anos de vida em paz, cercado do reconhecimento nacional e convivendo com a família e amigos queridos. Deus o brindou com um grande destino. Seu sucesso, agora, será o de nós todos.
O Brasil precisa ficar atento à realidade que vivemos. A presença de tantos colégios militares entre os mais cotados do Enem tem uma simples explicação: apesar de alterações dos últimos anos, estas instituições são pautadas pela tradição militar da ordem, disciplina e do respeito, tanto de alunos como de mestres. E o Brasil precisa neste momento é disso, ordem, respeito e trabalho.

Não é possível se enfrentar uma crise dessa dimensão sem causar polêmicas. O consenso não vai resolver nada, o que é necessário é necessário, e inegociável. O interesse do país é o ambiente de trabalho, de negócios, da empregabilidade, de impostos simplificados, pois pior do que as taxas são os imprevistos embutidos na legislação.

O presidente Temer tem de falar diretamente à população, exortar o apoio dos políticos, sindicatos, entidades representativas da sociedade para a tomada de medidas de austeridade e simplificadoras da atividade empresarial. O tempo passa e as coisas não acontecem, agravando a situação e plantando a desconfiança .

Foi anunciada a saída de dezenas de milhares de brasileiros do país. A alegação das autoridades é que seria em função de uma fuga do fisco. E veio a ameaça de devassa nas contas destes cidadãos. Ora, a fuga não é do fisco, pois quem leva o dinheiro o faz legitima e legalmente. A fuga é do risco político.

Pode ter gasolina no tanque. Não é prudente riscar o fósforo.

 

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