Patrícia Barros Carvalhais Abdanur*
A Indústria de Cosméticos aposta no aumento da diversidade de produtos, de acordo com os tons de pele das mulheres. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), a partir de 2014 o setor apresentou uma queda, porém voltou a crescer em 2017. No ano passado, o Brasil fechou com crescimento de 2,77% e deve seguir positivo.
A busca constante por inovação aumenta o investimento das indústrias do segmento em pesquisas e ações para apresentarem ingredientes cosméticos alinhados com as principais tendências.
Os investimentos no setor incluem pesquisas na área de design, beleza, comportamento e cuidados pessoais, que envolvem biotecnologia, estudos sobre os costumes do consumidor, novos nichos de mercado e conceitos de beleza que não se limitam a questões como idade, gênero e tipo de corpo.
A aposta das grandes empresas, que faturam bilhões por ano para se destacar no mercado cada vez mais acirrado, é alcançar um nicho diferenciado e ainda pouco explorado. Por isso, as marcas nacionais e internacionais decidiram investir na diversidade como diferencial.
A diversidade apresentada pelas empresas está nas linhas de maquiagens inspiradas nos mais diversos tons de pele, que antes obedeciam a uma cartela de cores bastante restrita, limitando o uso de produtos como bases e corretivos.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 53,6% da população brasileira é formada por negros e pardos – ou seja, a cerca de 110 milhões de pessoas, mais da metade da população. Não se trata apenas de uma tendência, mas de uma realidade do mercado.
De origem norte-americana, a empresa Nars investiu em uma linha de bases em bastão composta por 20 tons de nude. O plano da empresa é chegar a 33 cores em 2018 e lançar seis novas cores de corretivo e um estojo com seis tons de iluminadores. A corporação cresceu dois dígitos e planeja manter o ritmo até 2020.
Empresas brasileiras como a Natura e o Boticário seguem o mesmo formato e apostam em novos tons para as várias tonalidades de pele em suas linhas de maquiagem, que trazem opções de efeito luminoso ou mate
Para ser eficiente, as empresas buscam informações por meio do feedback dos consumidores, com o apoio das redes sociais, para melhorar o produto final analisando ajustes em cores, acabamentos ou formulações ou até mesmo para criar novos produtos.
O profissional da estética, formado no curso o Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética, é capacitado para orientar os clientes na utilização dos cosméticos de forma correta. O curso oferece embasamento teórico em cosmetologia e aperfeiçoamento nas práticas das disciplinas da estrutura curricular.
*Coordenadora do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade Promove