Arraiá do Concurseiro

19/06/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:56

José Roberto Lima*

As férias de julho se aproximam e coincidem com as mais animadas festas nas vilas e “arraiás” de todo o Brasil. As pessoas se divertem com as dramatizações do “casamento na roça” e aproveitam para espantar o frio nas fogueiras.

Entre comidas e bebidas típicas, o quentão tem sucesso garantido. E aí eu me lembro dos idos da década de 1980, quando compunha os quadros da gloriosa Polícia Militar. 

Eis o discurso de um dos oficiais perante a tropa, advertindo amistosamente os que iam trabalhar numa Festa Junina: “Cuidado, pessoal! Embriagar-se durante o serviço é transgressão disciplinar. E o tal do quentão é bebida alcoólica, hein! Então, cuidado!”

Parafraseando-o, recomendo aos concurseiros: “Cuidado, pessoal! A fogueira queima, o quentão embriaga, o amendoim dá uma dor de barriga danada... Mas quem disse que não podemos sair do sério de vez em quando?”

Pensando nisso, será organizado o “Arraiá do Concurseiro”. “Vai sê a maió festança, cumpadi. Cê num pode perdê, cumadi”. Será daquelas ocasiões em que devemos esquecer um pouco apostilas e livros, que ninguém é de ferro.

Você descobrirá que a vida não é feita só de estudos. E que, justamente para os estudos renderem, temos de dar atenção às pessoas que fazem a diferença na nossa vida.

Temos de rir um pouco (menos dos outros e mais de nós mesmos). Temos, enfim, de repousar e de dar um tempo para que nosso cérebro assimile o que estudamos.

Nesses momentos de diversão, aprendemos a simbologia de pular a fogueira sem que nos queimemos. Aprendemos a conquistar o respeito e a admiração do outro, com a compreensão de que somos diferentes até no modo de falar, mas não somos mais importantes que ninguém.

As festas juninas propiciam muitas situações lúdicas que nos trazem lições importantíssimas, inclusive no que se refere à organização do tempo para os estudos. 

“O cumpadi e a cumadi sabe adonde vai cumeçá i termina a festança?”. “Nóis num sabe não!”. Mas eu sei, leitor e leitora, onde tudo deve começar: na sua cabeça. A festa começa com o seu firme propósito de organizar cada um dos seus dias e noites para que haja tempo para tudo (e principalmente para todos).

Então, depois de organizar sua agenda e garantir que não lhe faltará tempo para os estudos, vá se divertir um pouco no “arraiá”, seja ele onde for. Afinal, o caminho do triunfo passa pelas pausas para “recarregarmos as baterias”. Boas festas juninas! Bons estudos! Sucesso!

(*) Advogado, professor da Faculdade Promove, palestrante, mestre em Educação, delegado federal aposentado e autor de “Como Passei em 15 Concursos”

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