Até quando?

26/02/2018 às 14:38.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:35

Aristóteles Drummond

A importante estrada BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, responsável pelo escoamento da safra de soja de Mato Grosso, volta à presença anual no noticiário em função do atoleiro em que se transforma com as chuvas. Cabe ao Exército a missão de rebocar carretas - quase mil, semana passada -, quando poderia ter tido verba para tocar o asfaltamento do trecho mais crítico. Parece que Mato Grosso e Pará não possuem bancadas no Congresso para exigir investimentos em obras.

No Estado do Rio, outra aberração rodoviária acontece com a indiferença da ANTT diante do descalabro no trecho da BR-040, entre o Rio e Petrópolis. Além da obra de duplicação parada, há quatro meses, um buraco, em mão dupla, ocupa dois quilômetros de estrada com cobrança de pedágio no trecho. Ora, a estrada é a ligação do Rio com Minas, Brasília e Nordeste. O silêncio demonstra pouco caso com o contribuinte. E a falta de protestos das bancadas, um atestado de indiferença ao dever de defender o interesse público.

A falta de informação sobre datas para a solução de problemas que afetam a economia nacional desestimula qualquer eventual investidor. A começar pelas iniciativas positivas de atração de investimentos nos setores fundamentais da energia e dos transportes sem uma nova legislação que impeça interferências indevidas do Judiciário.

No Nordeste, vivemos um período de regressão na economia, especialmente nas pequenas e médias empresas, com dificuldades na contratação de mão de obra em função do Bolsa Família, que estimula o trabalho informal.
Para agravar tudo, essa vergonha da febre amarela, depois de cem anos do trabalho notável de Oswaldo Cruz, por puro desleixo de décadas de irresponsabilidade na prestação de serviços de saúde.

O brasileiro neste clima tende a tudo criticar, reclamar, quando se precisa é apoiar boas iniciativas, como a intervenção na segurança do Rio, unindo governos em favor da população. Temos todos o dever de acima da política apoiar o que é bom. Afinal, os militares, eficientes sempre em tudo que fizeram e fazem, não podem assumir todos os setores da vida nacional diretamente.

Até quando vamos ficar perplexos?
 

Jornalista

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