Felipe Abramides*
Não é novidade para ninguém que o povo brasileiro é vaidoso e criterioso com a sua aparência e bem estar. Esse comportamento pode ser atribuído ao seu perfil, geralmente, marcado por uma autoestima elevada e muito peculiar.
Diante de tais fatores, fabricantes nacionais e internacionais do setor de beleza e higiene pessoal perceberam uma demanda crescente no Brasil e estão apostando, a todo momento, em estratégias diversificadas e altamente competitivas. Como consequência, percebe-se que esse segmento está cada vez mais fortalecido no país.
Tal cenário pode ser analisado com mais profundidade a partir de pesquisas recentes: segundo dados do IBGE, o segmento de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) corresponde a 1,8% do PIB brasileiro. O “Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos”, da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), divulgado neste ano, aponta que, conforme dados da pesquisadora Euromonitor, o Brasil ocupa a quarta posição do consumo mundial de produtos de beleza, o que representa 7,1%. Esse índice é equivalente a US$ 30.249 milhões de vendas geradas ao consumidor. De acordo com essa pesquisa, o país perdeu apenas para os Estados Unidos, China e Japão respectivamente. .
Frente a esses índices, de um lado, os fabricantes estão apostando em produtos que são compostos por ingredientes naturais e característicos da flora brasileira, como as frutas, as sementes e os extratos vegetais e de flores. Produtos que proporcionam efeitos inovadores, bem como as diferenças climáticas encontradas no país e o oferecimento de itens específicos para os variados perfis de cabelo são outros aspectos cuidadosamente estudados pelas marcas. A precificação e a quantidade de produto oferecido nas embalagens são estratégias minunciosamente planejadas pelo mercado da beleza, uma vez que o brasileiro está cada vez mais atento à relação custo x benefício.
Estratégias de marketing alinhadas ao perfil do público-alvo e garotos-propaganda que falam a ‘mesma língua´ que o consumidor também colaboram para uma boa aceitação dos produtos. Do outro lado é possível identificar um consumidor cada vez mais criterioso e propenso a se tornar fiel quando a marca de beleza contribui para a conquista de sensações como autoconfiança, plenitude, segurança e capacidade de compra.
(*)Diretor de Marketing da Plusbelle, marca de produtos beleza e de higiene pessoal