Como gerir as finanças e sair das dívidas na pandemia

19/08/2021 às 18:12.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:43

Alberto André*

Um dos maiores desafios do brasileiro é fazer o dinheiro chegar até o fim do mês ao mesmo tempo em que se tem qualidade de vida. São muitos pratos para equilibrar simultaneamente, por isso, é preciso, antes de tudo, saber qual é a melhor estratégia para gerir as finanças, planejar de forma eficiente e saber priorizar o que é importante.

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), a proporção de famílias com dívidas no país alcançou em julho deste ano 71,4% do total dos consumidores que tinham alguma dívida.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou que o número de brasileiros endividados bateu recorde histórico no levantamento feito pela entidade desde 2010.

Os dados são preocupantes, e o papel da educação financeira é fundamental para o bem-estar de toda família.

De fato, o cenário de pandemia, crise econômica, política, desemprego batendo os inacreditáveis 14,7% e muitas famílias se virando na base da informalidade só fazem aumentar ainda mais a complexidade do problema. No entanto, saber gerir as finanças é uma ferramenta de apoio a muitas famílias que estão em busca de tranquilidade.

Para começar, parece óbvio, mas é preciso repetir sempre: anotar todos os gastos nos permite visualizar como usamos o nosso dinheiro. Assim, é possível identificar o que pode ser mudado. É possível observar nas anotações todos os gastos que poderiam ser evitados.

Durante a pandemia, compras no e-commerce bateram recorde, e aplicativos de alimentação nadaram de braçada na realidade do home office.

A praticidade tem um preço, e é alto.

No momento, evitar compras supérfluas e cozinhar na maioria dos dias pode aliviar o bolso e aumentar a possibilidade de fazer alguma reserva de emergência. As reservas evitam que, diante de um imprevisto, seja necessário recorrer a um empréstimo.

De acordo com os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o cartão de crédito se manteve como principal forma de endividamento. A proporção de endividados no cartão de crédito também renovou a máxima da série histórica, chegando a 82,7%.

A melhor opção é usar o cartão como débito e deixar o crédito como uma opção apenas em emergências, já que o atraso do pagamento implica em enfrentar altíssimas taxas de juros e um possível descontrole das finanças mensalmente.

Por fim, é preciso envolver toda a família no planejamento familiar, pois todos consomem e precisam ter conhecimento sobre a realidade da família.

Assim, fica muito mais fácil seguir o planejamento financeiro adequado, tornar a economia de dinheiro uma tarefa de todos e desta forma melhorar ainda mais a qualidade de vida de todos.

Para aqueles que já têm dívidas, nada está perdido. Com calma, é possível mapear a situação, listar as prioridades e negociar os débitos. Lembre-se que o interesse para que essa dívida seja quitada é de ambas as partes.

*Cofundador e CEO do fintech Plusdin

  

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