Como nunca estar errado

14/08/2020 às 22:04.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:17

Mauro Condé*

“Gênio é o que vê a resposta antes da pergunta”

Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre matemática.

Eles me levaram para dentro do departamento de matemática da Universidade do Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, onde fui recebido pelo professor Jordan Ellenberg, a quem fui logo pedindo:

Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.

Aprenda a arte de pensar para dificilmente estar errado.

Comece aprendendo a não temer o erro, pois ele é como o pecado original, algo do que nunca estaremos totalmente livres.

Depois desenvolva uma grande paixão pelo aprendizado contínuo da matemática simples e profunda ao mesmo tempo.

O domínio da matemática é mais acessível do que podemos supor.

Jordan Ellenberg prova isso num dos livros mais vendidos do mundo e recomendado por ninguém menos do que Bill Gates.

Ele ensina que a matemática devidamente aplicada é a ciência do uso do bom senso para nunca estar errado.

Entenda demorada e profundamente um problema antes de pular em cima dele, pois isso é mais da metade de sua solução.

Descubra antes que resultado preciso é esperado no final da solução do problema.

Depois pense de trás para frente – recolha todas as informações disponíveis sobre ele e trabalhe-as como num quebra-cabeça, processando-as de forma lógica e ordenada a fim de obter o resultado desejado.

A matemática é o jeito mais inteligente para resolver qualquer coisa na vida.

Aguça a intuição, afina a capacidade de julgamento, doma as incertezas e possibilita a compreensão mais clara do mundo de maneira profunda e consistente.

Numa parte do livro, Ellenberg conta uma história vitoriosa ocorrida durante a segunda guerra mundial, onde os militares consultaram o gênio Abraham Wald, destaque da maior equipe de estatísticos da história, na busca de uma forma de blindar os aviões de guerra que voltavam furados de bala por quase todos os lados.

Usando a matemática Wald propôs o contrário do que os militares pediram – blindar todos os aviões com grossas camadas extras faria com que eles nunca saíssem do chão.

Ao invés disso, ele propôs a blindagem apenas das pouquíssimas partes dos aviões onde não havia marcas de balas, pois esse era o lugar onde os aviões que nunca voltaram tinham sido atingidos.

*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por